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Ribeiro Cristóvão

Força Portugal

26 jun, 2012 • Ribeiro Cristóvão

É a hora de provar que temos valor suficiente para estar na primeira fila, entre os melhores da Europa.

Força Portugal

Força Portugal!

Por estes dias, é o apelo mais forte que ecoa por todo o país na tentativa de fazer chegar até ao longínquo território do leste europeu o impulso que dê um sinal forte à selecção nacional do indesmentível apoio que sai de cada português, seja ou não adepto do futebol, no momento em que estamos prestes a conhecer todas as decisões.

Depois de percorridas diversas estações de uma via quase sempre recheada de dificuldades, vencer a Espanha, sem conotações que extravasem do futebol, e chegar à final do Europeu, é agora a meta a atingir.

E todos temos perfeita consciência de que se trata de uma tarefa envolta em grandes e justificadas dúvidas.

Campeões do Mundo e da Europa os espanhóis têm, pelo seu lado, condições e maiores probabilidades de chegar ao sucesso. Trata-se de uma equipa rotinada em processos de jogo, sem grandes alterações na sua estrutura, e servida por jogadores de muita qualidade, e quase a atingir a perfeição.

Do lado português, há igualmente virtudes de reconhecido mérito no seu desempenho e, sobretudo, uma enorme vontade de vencer para, deste modo, se afirmar definitivamente no conceito europeu e mundial.

É verdade que Paulo Bento se estará a debater por esta altura com questões que não o apoquentaram até aqui. A saída, por lesão, de Hélder Postiga será mesmo o seu transtorno maior, dada a necessidade de alterar aquilo que para si parecia imutável. Mas, apesar disso, o conjunto português tem condições para apear a selecção espanhola do pedestal onde se encontra instalada há anos a fio.

E, para lá da fronteira, há também interrogações a assaltar o responsável pela selecção, de tal forma que, à sua volta, tem girado um verdadeiro debate nacional. Jogar ou não com um avançado, seja ele Torres, Llorente ou outro, é um enigma que só será desfeito quando, na quarta-feira à noite, se proceder aos derradeiros aprontos antes do apito inicial.

Esperemos então que funcione o nosso argumento maior -Cristiano Ronaldo- e que este ajude a fazer a diferença que, de uma vez por todas, afaste definitivamente este complexo que nos faz ver a Espanha como uma potência superior.

É a hora de provar que temos valor suficiente para estar na primeira fila, entre os melhores da Europa.

Força Portugal!