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Ribeiro Cristóvão

Inevitável

21 jun, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Depois de mais este escândalo, os dirigentes vão ter muita dificuldade em manter a situação actual pelo que a tecnologia não tardará a entrar também no futebol. É apenas uma questão de tempo.

Inevitável

Um golo indiscutível mas não validado pelo árbitro húngaro que dirigiu o jogo entre a Ucrânia e a Inglaterra a contar para o Campeonato da Europa de Futebol, veio reacender a polémica à volta da necessidade de utilização de meios tecnológicos para assim preservar a verdade desportiva.

A vítima foi, desta vez, a selecção ucraniana que, caso o golo tivesse sido considerado, poderia ter encontrado aí um novo impulso para tentar somar três pontos e, assim, chegar a um lugar que lhe permitiria seguir em frente na competição.

Por outro lado, ficou demonstrada, de novo, a inutilidade da presença de árbitros de baliza, que em nada têm contribuído para um melhor desempenho do chefe de equipa. Neste caso, o visível bom posicionamento daquele elemento no enfiamento dos postes da baliza inglesa, em nada contribuiu para a reposição da verdade, antes contribuiu para o erro gigantesco que fica a macular esta edição do europeu.

As opiniões de altos dirigentes mundiais quanto à inovação, não são contudo coincidentes. Ao contrário do Presidente da UEFA, Joseph Blatter já veio dizer que “a tecnologia sobre a linha de golo não é mais uma possibilidade mas uma necessidade”.  O todo-poderoso líder da FIFA acrescentou ainda que “o lance demonstrou que o juiz extra não chega para ver tudo”.

Depois de mais este escândalo, os dirigentes vão ter muita dificuldade em manter a situação actual pelo que a tecnologia não tardará a entrar também no futebol. É apenas uma questão de tempo.