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Ribeiro Cristóvão

Relevante

19 jun, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Pode assinalar-se como relevante o trabalho desenvolvido até aqui pelos árbitros designados pela UEFA, no Euro 2012. A continuar assim, o sector sairá prestigiado da grande competição.

Relevante

Ainda que não se possa falar de actuações excelentes na maioria dos jogos do Campeonato da Europa que decorre na Polónia e na Ucrânia, pode assinalar-se como relevante o trabalho desenvolvido até aqui pelos árbitros designados pela UEFA, o que equivale por dizer que este sector, a continuar assim, sairá prestigiado da grande competição.

A arbitragem portuguesa está representada por Pedro Proença e seus assistentes que, numa primeira instância, atingiram já o principal objectivo que era o de dirigir pelo menos dois dos 31 jogos que o calendário comporta.

Na estreia coube-lhes arbitrar o encontro entre a Espanha e a República da Irlanda e,  ainda na fase grupos, foram também chamados para o França-Suécia, desta terça-feira.

O desempenho de Pedro Proença, bem qualificado pelos responsáveis europeus, permite acalentar esperanças de que poderá continuar à espera de vir a ser designado para um outro jogo das fases que vão seguir-se.

E tudo isto se passa numa altura em que a Federação Portuguesa de Futebol acaba de divulgar a classificação dos árbitros referente à época que está a terminar, a qual Pedro Proença também encabeça e, quanto a nós, com toda a justiça.

Apesar de algumas críticas de que foi alvo ao longo dos últimos meses e, nalguns casos, marcadas até por uma certa violência verbal, sobretudo após jogos em que diversos erros foram mais evidentes e tiveram maior influência, o juiz lisboeta confirmou as qualidades que o guindaram a um patamar onde não tem concorrência.

Das demais posições alcançadas pelos restantes 24 árbitros do quadro nacional há, naturalmente, destaques. Para já, aquele que refere o risco de Bruno Paixão estar no fio da navalha para perder as insígnias de internacional.

Em 14º lugar na tabela, apenas aguarda que um recurso o possa salvar de baixar a um nível onde uma grande maioria dos analistas entende que há muito deveria estar.

Depois, há para nós, o eterno caso dos árbitros que no começo da época recusaram dirigir um desafio da Liga que teve como intervenientes o Beira Mar e o Sporting, e que, face às classificações que obtiveram, terão passado incólumes por essa condenável infracção.

Mesmo tendo cumprido uma suspensão oficial, João Ferreira e Paulo Batista beneficiaram de um série de truques para cuja consumação puderam contar com o deplorável beneplácito dos dirigentes da arbitragem.

Ainda bem que Pedro Proença está agora a limpar a onda, e da arbitragem se fale apenas por boas e justificadas razões.