11 abr, 2012 • Ribeiro Cristóvão
Um pouco a exemplo do que aconteceu no nosso campeonato com o Benfica, o Real Madrid corria também o risco de se ver ultrapassado pelo seu grande rival Barcelona em relação ao qual chegou a ter dez pontos de avanço.
Por isso, hoje era um dia decisivo para os comandados de José Mourinho que, caso não vencessem em Manzanares, podiam começar a ver o título por um canudo.
Antes de mais, perante a abundância e a classe de um plantel tão diversificado, não é aceitável que o ainda líder da classificação chegue a esta situação.
Só que o Real Madrid tem vindo a esbanjar pontos de forma tão estranha que se via esta noite na iminência de passar a ficar dependente apenas do comportamento dos catalães.
O cerco aperta sobretudo porque a equipa merengue se colocou a si própria num plano psicológico que ainda lhe pode ser fatal.
É bom recordar que a Liga espanhola está a seis jornadas do fim, numa das quais, daqui por pouco mais de uma semana, tudo poderá ficar definitivamente esclarecido.
De facto será nessa altura que o Camp Nou receberá a visita de Cristiano Ronaldo e seus pares para o tira-teimas que, de momento, não lhes parece nada favorável, e que poderá reforçar algumas das dúvidas que subsistem.
Quando, há algumas semanas, o Real Madrid parecia ter boas razões para começar a festejar o título, a equipa sabia os riscos que corria no estádio Vicente Calderón frente um Atlético que tudo fez para lhe estragar os planos.
Só que quem tem Cristiano Ronaldo “arrisca-se” a sair por cima e a reforçar a esperança.
O português foi mais uma vez o homem do jogo e com os seus três golos reacendeu a chama de alguns madridistas já descrentes e desconfiados em relação a uma possível conquista do campeonato.
O Real venceu, convenceu, abriu uma nova janela de esperança, e repôs a diferença de quatro pontos, mas nem assim haverá razões para José Mourinho dormir descansado.