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Ribeiro Cristóvão

O outro Euro

02 dez, 2011 • Ribeiro Cristóvão

Portugal ficou já a conhecer os seus adversários naquela que será a quinta participação consecutiva da selecção portuguesa numa prova de tamanha envergadura, uma saga iniciada no já longínquo ano de 1996.

O outro Euro

Ao mesmo tempo que o pânico começa a instalar-se na Europa, devido às dificuldades  económicas por que passam quase todos os países membros, com a sustentabilidade da sua moeda a suscitar cada vez mais fortes dúvidas, o outro euro, o do futebol, vai de vento em popa, tendo vivido hoje um dos seus pontos altos, com a realização do sorteio da fase final do Campeonato de 2012.

E Portugal ficou já a conhecer os seus adversários naquela que será a quinta participação consecutiva da selecção portuguesa numa prova de tamanha envergadura, uma saga iniciada no já longínquo ano de 1996.

Antes disso, o futebol português apenas tivera entrada no campeonato de 1984 disputado em França, onde registou uma presença a todos os títulos notável, que permitiu então iniciar um ciclo brilhante, do qual ainda hoje sobram alguns resquícios.

A tarefa que aguarda a selecção portuguesa não vai ser fácil.

Defrontar a Alemanha, a Dinamarca e a Holanda na primeira fase do Euro 2012, no grupo mais forte desta edição polaca-ucraniana, vai exigir uma forte afirmação de classe dos nossos jogadores perante adversários de tanta categoria, alguns dos quais indiscutíveis candidatos à vitória final.

Exige-se, por isso, uma preparação cuidada de toda a campanha, sobretudo daqueles que vão ser eleitos no próximo dia 10 deste mês, e dos quais se espera a necessária ponderação que evite criar pontos de fricção com o actual seleccionador.

Posições públicas assumidas pelos dois candidatos que disputam no terreno voto a voto, poderão ter suscitado já algumas dúvidas sobre a forma como vão processar-se as suas relações com Paulo Bento, sobretudo no tocante às decisões por este assumidas nos últimos tempos quanto ao afastamento de dois jogadores considerados fundamentais.

Faltam seis meses para o pontapé de saída do próximo Campeonato da Europa.

Tempo que deve ser aproveitado para uma preparação cuidada, e não para a criação de factos que possam vir a introduzir na mesma indesejáveis factores de perturbação.