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Ribeiro Cristóvão

Luta de bastidores

27 jul, 2015

O futebol está já em andamento há vários dias, com todas as equipas portuguesas em acção, mas é nos bastidores que prevalecem as jogadas de maior intensidade.

No sábado, a assembleia geral da Federação Portuguesa de Futebol chumbou, como se previa, o sorteio dos árbitros com que a Liga de Clubes pensava “regenerar” o futebol português.

Amanhã, teremos eleições no organismo que superintende no futebol profissional apresentando-se duas listas a sufrágio, a refletir os tempos agitados que alguns teimam em manter e que parece desejam prolongar.

O sorteio dos árbitros é passado. Daí que aos seus mentores apenas se exija que tenham capacidade para encaixar a derrota sofrida a qual, como se viu, acabou por traduzir também a opinião da grande maioria dos agentes do futebol.

A expressão dos números da votação final, feita através de voto secreto, note-se, fica como a confirmação de que o futebol português deseja manter-se alinhado com a Europa, também neste domínio.

Seguem-se as eleições na Liga de Clubes. Amanhã, o plebiscito terá o seu acto final, para então se desfazerem as dúvidas que por ora ainda permanecem.

Luis Duque e Pedro Proença mantêm-se na corrida, ambos com apoios já garantidos, mas ainda com algumas dúvidas quanto ao destino que está reservado a um considerável número de votos.

Sem que possa falar-se de campanha eleitoral, a verdade é que tem havido, por fora, ingerências intoleráveis apenas com o objectivo de influenciar o acto que vai ter lugar na cidade do Porto.

Há, por isso, justificados motivos para aguardar com expectativa fora do comum tudo aquilo que vai passar-se num organismo que tem pautado por alguma moderação actos semelhantes levados a efeito ao longo da sua existência.