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Ribeiro Cristóvão

Outra vez “quase”

01 jul, 2015 • Ribeiro Cristóvão

Os 120 minutos de jogo entre Portugal e a Suécia confirmaram as cautelas que se recomendavam. Mas aproveita-se o excelente trabalho de um seleccionador com futuro.

Havia avisos, repetidos até à exaustão, que recomendavam muita atenção à selecção de sub-21 da Suécia, que poderia vir a tornar-se num adversário muito incómodo na final do Campeonato da Europa.

A equipa de comandada por Rui Jorge partiu com algum justificado favoritismo para o decisivo desafio disputado ontem, em Praga. O percurso cumprido na fase de grupos fora quase imaculado, e a retumbante vitória alcançada frente à Alemanha fez aumentar o optimismo para, finalmente, se conseguir a vitória que escapara em 1994, num jogo então dramático frente à manhosa selecção da Itália.

No entanto, o jogo com os suecos na fase de grupos, que terminou com um empate a um golo, já deixara avisos que não poderiam ser subestimados. Daí as cautelas que se recomendavam, e que os 120 minutos disputados vieram a confirmar.

No desempate através de grandes penalidades venceu a eficácia, e aí os nórdicos foram sem dúvida mais fortes.

Depois da decepção de há poucos dias no mundial de sub-20 anos, voltámos a ficar à porta de uma conquista importante. Só que a realidade não se compadece com isso: obtivemos o segundo lugar, e esse não fica na história sobrando somente para as estatísticas.

Aproveita-se, no entanto, o excelente trabalho de um seleccionador com futuro, e fica a garantia de que há matéria-prima suficiente para assegurar uma selecção principal competitiva.

Regressámos a casa sem a almejada taça, mas a bagagem da representação portuguesa não deixou de transportar até Lisboa uma campanha de grande nível, susceptível de deixar marcas, sobretudo a nível internacional.