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Ribeiro Cristóvão

Brasil à vista

25 jun, 2015 • Ribeiro Cristóvão

A selecção portuguesa conquistou o direito de aceder às meias-finais do Europeu de sub-21 e de marcar presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Conquistas resultantes de um trabalho sério e persistente, que deve ser confirmado.

Não se pode dizer que o mais difícil está feito, mas em boa verdade acaba de ser alcançado um patamar a partir do qual é possível e legítimo sonhar com voos mais altos.

Ultrapassada a primeira fase do Europeu de Sub-21 anos com grande eficácia, ainda que nem sempre com nota artística elevada, a selecção portuguesa conquistou o direito de aceder às meias-finais, voltando aí a enfrentar um adversário de topo, no caso a muito forte formação germânica.

Chegar a esta fase do campeonato, que decorre na República Checa, é mais um acontecimento relevante para o futebol português, cujo estatuto mundial continua a ser reconhecido sem qualquer dificuldade.

Mas, igualmente importante, o empate de ontem frente à Suécia teve um proveito acrescido, o de garantir o direito de marcar presença, no próximo ano, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o maior acontecimento desportivo da era moderna.

Alcançada esta primeira vitória, cabe agora aos seleccionados por Rui Jorge manter a ambição de chegar mais longe nesta caminhada, fixando a sua meta no próximo dia 4 de Julho, data da final marcada para a cidade de Praga.

No imediato, depara-se-nos um adversário de enorme qualidade, a selecção da Alemanha, enquanto na outra meia-final teremos um embate nórdico entre a Suécia e a Dinamarca.

Até aqui, uma só vitória, dois empates, dois golos marcados e apenas um sofrido.
Fraco pecúlio? Para os mais cépticos, talvez.

O suficiente, diremos nós, para que nos mantenhamos na luta e a confirmar que este sucesso não acontece por acaso: é, antes, o resultado de um trabalho sério e persistente, aliado à grande qualidade dos intérpretes escolhidos pelo seleccionador.