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Ribeiro Cristóvão

Afinal, era possível

16 abr, 2015 • Ribeiro Cristóvão

Escrevíamos aqui ontem que “se esperava uma noite para a história da Liga dos Campeões, com um Porto capaz de se superar e contrariar a maioria das previsões”.E foi o que veio a acontecer: uma noite soberba. Só falta agora alcançar o impossível.

Raros seriam os vaticínios a apontar para uma vitória tão expressiva como aquela que o Futebol Clube do Porto alcançou ontem à noite frente a uma das mais poderosas equipas do mundo da actualidade.

No entanto, o ambiente que se sentia no estádio do Dragão ,nas horas e minutos que precederam o desafio com o Bayern de Munique, e o modo destemido como a equipa portuguesa pisou o relvado pela primeira vez, transmitiram a percepção de que algo de especial poderia acontecer.

Escrevíamos aqui ontem, neste mesmo espaço, que “se esperava uma noite para a história da Liga dos Campeões, com um Porto capaz de se superar e contrariar a maioria das previsões”.

E foi, afinal, o que veio a acontecer: uma noite soberba, iniciada sob os auspícios de uma vitória indiscutível, e uma exibição capaz de fazer acreditar que chegar às meias-finais da Champions deixou de ser apenas e só uma miragem.

Claro que há ainda um longo caminho a percorrer. O jogo de retorno é já daqui por apenas seis dias, há ainda, pelo meio, esse inoportuno compromisso com a Académica para a Liga doméstica, e depois espera os dragões esse inferno do Alianz Arena com a agravante de, até lá, o seu treinador ter de inventar soluções para os problemas criados pelos impedimentos de Danilo e Alex Sandro.

Seja qual for o desfecho de tudo isto, já nada vai conseguir apagar a noite memorável em que esta equipa portuguesa voltou a derrotar o Bayern de Munique e as suas estrelas brilharam de novo com grande intensidade.

E, pelo que se viu, ficou ainda a certeza acrescida de que há mais Porto para além daquele que muitos já imaginavam, e para todas as frentes em que está empenhado. Ou seja, vem aí um final de temporada espectacular.

O mais difícil foi, para já, conseguido. Só falta agora alcançar o impossível.