Emissão Renascença | Ouvir Online

Ribeiro Cristóvão

Tudo na mesma

16 mar, 2015 • Ribeiro Cristóvão

À medida que o campeonato se aproxima do fim, a imprevisibilidade do desfecho de cada desafio e a necessidade de ganhar pontos sobem de tom, mas até agora nem todas as exibições foram merecedoras dos proveitos recolhidos.

Em circunstâncias diferentes e com graus de dificuldade diversos, o trio que comanda a tabela classificativa do campeonato português conseguiu ultrapassar, sem prejuízos acumulados, a jornada repartida por dois dias do passado fim-de-semana.

É verdade que o foco maior se centrava no Estádio da Luz mas, como se viu, teria sido pouco avisado esvaziar o impacto de que também poderiam revestir-se os jogos do Dragão e da Madeira.

Isto porque à medida a que o campeonato acelera rumo ao seu termo, a imprevisibilidade do desfecho de cada desafio e a necessidade de ganhar pontos para assim assegurar os lugares de maior conforto, sobem de tom e tornam-se susceptíveis de acumular surpresas no decurso de cada jornada.

Por agora, Benfica, Porto e Sporting saíram-se a contento das tarefas que lhes cabiam. Porém, nem em todos os casos as exibições foram coincidentes com os proveitos recolhidos. Desde logo, no que toca ao Futebol Clube do Porto pode dizer-se que averbou três pontos frente ao Arouca, mas quase não ganhou para o susto.

E não era isto que estava no cardápio. Vindo de uma exibição de luxo e de um resultado espectacular na Liga dos Campeões, frente a uma equipa aflita, seria lógico esperar por outro desfecho que não aquele que se traduziu por um triunfo escasso, e que chegou a estar em dúvida até ao fim.

É verdade que a expulsão do seu guarda-redes em fase temporã do jogo do Dragão explica alguma coisa, mas não é suficiente para justificar as dificuldades sentidas perante uma plateia festiva que esperava tudo menos um fim de tarde tão em sobressaltos.

Na capital madeirense, o Sporting venceu um jogo morno mas que teve o mérito maior de proporcionar aos leões uma maior tranquilidade naquela que parece ser, cada vez mais, a posição final que lhes está destinada.

E, finalmente, o Benfica, que confirmou a justeza do lugar que detém há muito tempo.
Frente a uma equipa minhota quase reduzida a cisco, incapaz de ir além de um remate em todo o desafio e de causar mossa na estrutura contrária, os comandados de Jorge Jesus mostraram como está mais refinada a qualidade de um futebol que a concorrência vai ter dificuldade em combater nos tempos mais chegados.

A nove jornadas do fim há ainda alguns capítulos para escrever. Mas, face aos dados agora disponíveis, tudo indica que o guião não vai sofrer grandes alterações.