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Ribeiro Cristóvão

Maré baixa

12 mar, 2015 • Ribeiro Cristóvão

Os ventos não correm de feição para alguns treinadores portugueses a trabalhar no estrangeiro: pelo menos dois deles, José Mourinho e Vítor Pereira estiveram particularmente em foco nesta quarta-feira e, em nenhum dos casos, por boas razões.

O treinador do Chelsea, que regressara de Paris com um precioso empate sacado à forte equipa do PSG, viu os seus comandados serem incapazes de resistir à pressão imposta em Standford Bridge por um grupo bem organizado e, mesmo jogando com uma unidade a mais durante noventa minutos, e darem por terminada a sua presença na edição deste ano da Liga dos Campeões.

O Paris-Saint Germain mereceu o prémio da sua ousadia, manifestada durante quase todo o jogo, na capital inglesa.

Ao invés, fisicamente destroçada, a equipa de Mourinho não revelou capacidade para chegar mais longe. E, pelo que ficou à vista, talvez tenha sido melhor este desfecho, pois os adversários que se seguiriam também acabariam por ser impiedosos em desafios futuros.

Agora é tempo de o Chelsea se concentrar apenas no campeonato da Inglaterra, cuja classificação comanda com algum conforto, não lhe sendo no entanto permitidos descuidos como aqueles que marcaram esta sua última jornada europeia.

Vítor Pereira é outro treinador em maré baixa. Depois de ter, há algumas semanas, na Grécia, protagonizado cenas que bem poderia ter evitado, ontem voltou a estar em foco, pela negativa, ao provocar a ira dos adeptos do AEK, de Atenas, no termo de um jogo da taça que o seu clube, o Olympiakos, vencia com um golo obtido nos minutos finais.

Ao festejar esse golo solitário, o ex-treinador do FC Porto, tê-lo-á através de gestos provocatórios que, segundo a imprensa, deram azo a que houvesse nova invasão de campo.

Ou nos engamos muito, ou o treinador Vitor Pereia escolheu o país errado para tentar a sua primeira experiência no estrangeiro.