Ribeiro Cristóvão
Exemplo alemão
09 jan, 2015
Por esta altura é possível assistir à desesperada contratação de reforços quase sempre portadores de uma mensagem de esperança, e se convencionou chamar dança de treinadores às alterações de comando técnico que raramente são portadoras de bons resultados.
Este é o tempo em que os campeonatos nacionais de futebol atingem, para alguns clubes e nos mais diversos países da Europa, o momento da definição.
Acentua-se a luta na perseguição a objectivos bem determinados que em muitos casos não vai ser possível atingir.
No topo das classificações procura-se a consolidação de lugares alcançados depois de porfiadas lutas, é igualmente intenso o esforço desenvolvido no sentido de assegurar posições que deem acesso à competições europeias e aos milhões de euros que delas emanam e, finalmente, aqueles que tudo tentam para escapar à despromoção para escalões inferiores, onde os proveitos passam a ser muito mais reduzidos.
É, por tudo isto, que por esta altura é possível assistir à desesperada contratação de reforços quase sempre portadores de uma mensagem de esperança, e se convencionou chamar dança de treinadores às alterações de comando técnico que raramente são portadoras de bons resultados.
Um dos casos mais sonantes da actualidade gira à volta de um clube, alemão, que ainda bem recentemente viveu momentos gloriosos, mas que por estes dias passa por angústias difíceis de ultrapassar.
Trata-se do Borússia de Dortmund que, ao cabo de 17 jornadas disputadas no campeonato germânico ocupa a penúltima posição com apenas 15 pontos conquistados.
Trata-se de uma situação difícil de entender num clube que ainda há pouco mais de um ano foi finalista da Liga dos Campeões, tendo aí perdido para o Bayern de Munique.
É seu treinador Jurgen Klopp, uma figura exótica e com um carisma muito intenso, no clube desde 2008, a quem muitos já apontaram como próximo do despedimento, uma decisão com foros de normalidade
Puro engano, pois por estes dias, o director executivo do Borússia, Hans-Joachim Watzke, veio simplesmente afirmar: “Nunca iremos despedir Jurgen Klopp. Tem muito mérito no clube. Nunca iremos entrar em confronto com ele”.
Em que outro país seria possível assistir a um exemplo como este? Talvez Inglaterra…e pouco mais.