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Ribeiro Cristóvão

Gigantes a Norte

18 dez, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Graças à competição mágica que dá pelo nome de Taça de Portugal ainda vai sendo possível viver alguns bons momentos, capazes de contrariar o tédio com que o futebol profissional frequentemente nos brinda.

O Belenenses já havia assegurado a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal.
Ontem, juntarem-se-lhe mais seis equipas e logo à noite ficaremos a saber qual dos dois, Benfica ou Sporting de Braga, se lhes irá juntar para voltar à liça no próximo dia 7 de Janeiro.

Para já, um dado relevante: na habitual selecção de valores desta competição nacional irão permanecer sete equipas do escalão principal, mas a verdade é que também o terceiro escalão do nosso futebol permanece representado.

Autor da proeza, o Famalicão, que se deslocou a Paços de Ferreira com um objectivo que ia muito para além do simples cumprimento de calendário.
E por isso, “ousou” apear da Taça a equipa sediada na Mata Real que, curiosamente, continua a protagonizar uma excelente carreira no campeonato principal.

E não se tratou de um acaso. Os famalicenses dominaram sempre o resultado, e só nos minutos finais permitiram que a equipa comandada por Paulo Fonseca se lhes aproximasse no marcador.

Temos, pois, uma boa oportunidade para elevar o tom do elogio em relação a duas equipas nas quais impera o amadorismo.
É caso para dizer que em ambas as situações, ou seja em Moreira de Cónegos e em Paços de Ferreira, houve jogadores que cumpriram integralmente os seus horários de trabalho, apresentando-se à oito horas da noite para um agradável período extra, enquanto outros, a essa mesma hora, parece terem virado costas às suas obrigações.

Por tudo isto, vale a pena continuar a existir essa competição mágica que dá pelo nome de Taça de Portugal.
É que, por via dela, ainda vai sendo possível viver alguns bons momentos, capazes de contrariar o tédio com que o futebol profissional frequentemente nos brinda.