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Ribeiro Cristóvão

A taça volta à província

17 dez, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Mais a sério do que todos os outros que integram o calendário, vamos ter amanhã, na Luz, o embate que oporá o Benfica ao Sporting de Braga, dois naturais candidatos à vitória final.

O Belenenses foi o primeiro a dar o salto rumo aos quartos-de-final da Taça de Portugal.
Venceu o Freamunde, que liderou até há pouco tempo o campeonato da segunda Liga, não obstante as dificuldades financeiras que têm vindo a atirar a equipa para as proximidades de uma situação muito delicada, provavelmente sem retorno.

Venceu no Restelo quem tinha mais condições para o fazer e, ao contrário do que tantas vezes acontece, a lógica assinou o ponto num jogo que apenas por força do seu resultado final irá figurar na história da competição.

Mais a sério do que todos os outros que integram o calendário, vamos ter amanhã, na Luz, o embate que oporá o Benfica ao Sporting de Braga, dois naturais candidatos à vitória final.
Embora cliente mais assíduo do Vale do Jamor, o Benfica enfrenta um adversário que também já ali ergueu a Taça pelo menos uma vez e foi comparsa da festa em mais duas ocasiões, nas quais o Porto lhe negou no entanto a possibilidade de repetir a proeza.

Pela história e pelo que tem sido possível ver no decorrer da presente temporada, é caso para dizer que temos a garantia de que o espectáculo não vai defraudar ninguém.
A única dúvida que sobra é a de se saber quem sairá amanhã da Luz de sorriso mais rasgado, no rescaldo de um jogo que bem poderia ser uma final.

Pelo meio, teremos hoje o Sporting de visita a Moreira de Cónegos, palco cedido ao Vizela para ali celebrar um acontecimento importante que não pode ter lugar no seu campo, onde certamente os seus adeptos prefeririam receber o clube da capital.
Só que há realidades que não se compadecem com sentimentos.

Apesar disso, convirá aos leões encarar a sério a tarefa que os espera, sem menorizar um adversário que lhes pode causar fortes dores de cabeça.
Ainda marcado pelo golpe sofrido no domingo em Alvalade, o Sporting vai ter de arregaçar as mangas e trabalhar com afinco, se não quiser deixar pelo caminho mais um dos grandes objectivos a que lançou mãos há pouco mais de três meses.