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Ribeiro Cristóvão

Regresso à normalidade

17 nov, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Enquanto for possível contar com o melhor jogador do mundo, é sempre mais fácil alimentar a chama que algumas vezes tem ameaçado apagar-se.

Cumpriu-se mais uma jornada da fase de apuramento para o Campeonato da Europa, da qual é possível extrair algumas consequências relevantes.

Antes de mais, uma nova vitória da selecção portuguesa que a recoloca num lugar de acordo com a sua indesmentível categoria; depois a fraca qualidade do futebol exibido em alguns jogos, sobretudo por selecções com mais ambições; ainda a aproximação destas aos lugares cimeiros das classificações que começa a ser visível e, finalmente, a queda de mais dois selecionadores face aos desastrosos resultados alcançados pelas equipas que tinham sob seu comando até aqui.

Cláudio Ranieri, o treinador italiano autêntico rei dos despedimentos, não aqueceu o lugar à frente do futebol da Grécia. Depois da vergonhosa derrota, em Atenas, frente às Ilhas Faroe não seria de esperar outro desfecho.

Dick Advocaat decidiu abandonar a selecção da Sérvia, face a tão fraco desempenho daquela formação balcã até aqui.
Não é uma boa notícia para o grupo de Fernando Santos, que terá exactamente como próximos adversários os sérvios, entre os quais de incluem jogadores de reconhecido valor tais como Ivanovic, Matic, Markovic, Djuricic, Sulejmani e Fejsa.

Pelo que se viu nesta última jornada do ano, não ficaram motivos para deslumbramento.
Sobretudo as exibições de Inglaterra, Itália, Espanha e também Portugal, ficaram muito aquém daquilo que seria de esperar, embora todos estejam a caminho da mais que provável qualificação para a fase final em 2016.

Quanto à nossa selecção, limitou-se a cumprir os serviços mínimos vencendo à tangente a Arménia, da qual está separada por 46 lugares no ranking da Uefa.
E, tal como já acontecera na Dinamarca, mais uma vez foi Cristiano Ronaldo a arrombar o cofre.

Ou seja, enquanto for possível contar com o melhor jogador do mundo, é sempre mais fácil alimentar a chama que algumas vezes tem ameaçado apagar-se.