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Ribeiro Cristóvão

Apito furado

11 nov, 2014 • Ribeiro Cristóvão

A arbitragem volta a ser o tema escaldante destes dias com queixas vindas dos mais variados quadrantes.

Coincidência ou não, a verdade é que a seguir a declarações explosivas do mais cotado árbitro português da actualidade, Pedro Proença, ficámos perante um chorrilho de disparates com assinatura de alguns juízes que só a teimosia do Presidente do Conselho de Arbitragem mantém ao serviço efectivo e continuado.

E por isso, a arbitragem volta a ser o tema escaldante destes dias com queixas vindas dos mais variados quadrantes.
FCPorto e Sporting são os que apresentam maiores e mais contundentes razões de queixa, mas o desafio do Benfica, na Madeira, também não escapa ao rol de lamentações, embora estas sejam de sinal contrário.

Continua a não se perceber por que critério se rege o dirigente Vitor Pereira para chegar a algumas nomeações verdadeiramente anedóticas.
De todas, em relação à jornada do último fim-de-semana, avulta a de escolher para o jogo entre o Nacional e o Benfica um árbitro que já provou à saciedade, ao longo de todos estes anos, que não tem gabarito para dirigir desafios de grau de dificuldade elevada.

E nem está aqui em causa fazer análise sobre qual das equipas terá sido mais prejudicada ou beneficiada. O que deve ser valorizado é o facto de este juiz ter dado já sobejas provas da sua incapacidade para tão difícil função.

Poder-se-iam referir outros casos, mas o de Bruno Paixão é paradigmático.
E todos eles ajudariam a compreender a afirmação de Pedro Proença para quem a arbitragem vive num caos, sendo necessária e urgente uma mudança radical em quem a dirige, para assim se evitar, enquanto é tempo, o enquistamento cada vez mais visível do sector.

O descontrolo que tem ficado à vista perante diversas nomeações incompreensíveis também não é recomendável por duas razões: primeiro, para serenar ânimos que por aí andam já muito exaltados, depois, porque a desejável mudança também não deixará de contribuir para a melhoria da qualidade do futebol que temos.