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Ribeiro Cristóvão

Sem rodeios

30 out, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Há finalmente alguém que não se esconde atrás de evasivas e cautelas, que até aqui apenas têm servido para evitar riscos e prevenir possíveis desaires.

Quando Fernando Santos aceitou o convite para tomar em mãos os destinos da selecção nacional de futebol estava consciente da necessidade de assumir posições susceptíveis de romper com algumas práticas que alguns dos seus antecessores haviam adoptado.

A primeira, a mais importante, e geradora do maior impacto, teria a ver com a escolha dos jogadores recomendáveis nas mais diversas circunstâncias.
E assim, o novo seleccionador nacional decidiu abrir as portas a todo o universo de atletas, sem excluir nenhum deles, nem tampouco olhar para os seus bilhetes de identidade.

Todos nos recordamos de algumas críticas, ainda que veladas, de que foi alvo por ter chamado Ricardo Carvalho, convindo também não esquecer a resposta dada pelo próprio jogador do Mónaco, rubricando na Dinamarca uma actuação de altíssima qualidade.
Uma nova demonstração de que para Fernando Santos não há proscritos é a pré-convocação de José Bosingwa para os desafios que se seguem.

Mas o seleccionador português já foi mais longe.
Sem rodeios, acaba de afirmar, em entrevista à Renascença, que somos candidatos à conquista do Europeu de Futebol em 2016, a disputar em França, juntando a essa determinação argumentos que preenchem perfeitamente tal desiderato.

Sem pesporrências, há finalmente alguém que não se esconde atrás de evasivas e cautelas, que até aqui apenas têm servido para evitar riscos e prevenir possíveis desaires.

Dá pelo nome de Fernando Santos. E nós estamos com ele.