A agenda do novo Presidente é um amontoado de dores de cabeça, não sendo fácil determinar as suas prioridades.
Está aberto um novo ciclo na vida da Liga de Clubes com a eleição do novo Presidente por maioria esmagadora dos clubes filiados naquele organismo do futebol.
Não deixa porém de ser curiosa a revelação segundo a qual Luis Duque não foi indicado para esse cargo por iniciativa dos clubes mais poderosos, FCPorto e Benfica. Uma afirmação que nos faz lembrar aquele miúdo que no recreio da escola atira a pedra aos colegas e esconde a mão no bolso imediatamente a seguir.
Aparte este curioso mas sintomático episódio que em nada desvanece a ideia generalizada segundo a qual a intenção da escolha teve apenas como objectivo afrontar o Sporting, cujos três últimos presidentes haviam também sido convidados, o importante é saber o que vai valer a nova Liga a partir deste momento.
A situação financeira é desesperada, as dívidas acumularam-se e atingiram montantes inaceitáveis, os patrocinadores fugiram como o diabo da cruz, certamente com pouca vontade de voltarem a ter uma relação forte com o futebol, o que vai tornar mais complicada a sobrevivência deste.
A agenda do novo Presidente é, pois, um amontoado de dores de cabeça, não sendo fácil determinar as suas prioridades. Mas, mais importante do que tudo isso, o seu papel deverá ter como primeira e principal prioridade congregar todos os clubes no sentido de alcançar uma união que permita prever um futuro mais desanuviado.
Porque se não forem todos a puxar para o mesmo lado protegendo um negócio que não é apenas de alguns, não há Liga que evite uma estrondosa queda no abismo que tem à sua frente.