Afirmação de classe

O Benfica acaba de assegurar a sua presença em mais uma final, prometendo que este ano não voltará a ser perseguido pelo infortúnio que marcou a época passada.
E, em Turim, teve mais uma afirmação de classe, ao assegurar a sua presença na final da Liga Europa e assim relegando para segundo plano uma equipa que parecia dispor de todas as condições e de muitos favores para superar o campeão português.

Afinal, parece ter sido mais fácil do que se previa a tarefa do conjunto orientado por Jorge Jesus, que montou o esquema adequado para a circunstância e preparou mentalmente os seus jogadores para enfrentar o desafio que tinham pela frente.

No fundo, o Benfica soube ser eficaz a defender e inteligente a atacar, conforme o decorrer do jogo com a Juventus ia determinando.

Ao contrário, Conte ficou a dever a si próprio o resultado da má abordagem de um desafio em que parecia antecipadamente reunir condições suficientes para ultrapassar a desvantagem com que saíra do Estádio da Luz.

Agora, o Benfica vai preparar-se para a décima final europeia com o seu treinador a debater-se com alguns desagradáveis imprevistos: sem poder contar para o jogo com o Sevilha, no próximo dia 14, com Markovic, Sálvio e Enzo Perez, devido às sanções disciplinares a que não poderão escapar, Jorge Jesus terá de descobrir soluções que permitam colmatar ausências tão relevantes.

No plano positivo, desta heróica jornada de Turim resulta ainda uma outra conquista importante, uma vez que o futebol português passou a ocupar o quarto lugar do ranking europeu, em prejuízo da Itália que, por força do afastamento da Juventus, desce para o quinto lugar, sem que tal implique, para já, a redução do número de clubes participantes nas competições da UEFA na temporada que se seguirá.

Não é todos dias que se metem, de uma assentada, dois proveitos no mesmo saco.