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Ribeiro Cristóvão

Dúvidas dissipadas

31 mar, 2014 • Ribeiro Cristóvão

A cinco jornadas do termo do campeonato parece terem ficado reduzidas a cisco as principais dúvidas que ainda foi legítimo manter até aqui.

Dúvidas dissipadas

A cinco jornadas do termo do campeonato parece terem ficado reduzidas a cisco as principais dúvidas que ainda foi legítimo manter até aqui.

Num fim-de-semana em que as suas exibições deixaram algo a desejar, Benfica, Sporting e Futebol Clube do Porto encarregaram-se de deixar mais claras as respectivas posições na tabela, e permitir reduzir as suspeitas sobre como irá ficar ordenada a classificação.

No sábado, o Sporting deu o mote e voltou a lançar alguma pressão sobre a concorrência mais directa, ao averbar 19 pontos nos últimos sete jogos realizados no seu estádio.

Perante o triunfo obtido frente ao Vitória de Guimarães, os leões davam mais um passo na tentativa de assegurar o segundo lugar, empurrando assim o FC Porto para uma situação da qual só poderia sair vencendo na Madeira a bem organizada equipa do Nacional.

Em Alvalade, não foi brilhante, longe disso, a prestação da equipa de Leonardo Jardim. Venceu é certo, mas uma exibição cheia de intermitências chegou mesmo a assustar os seus fiéis prosélitos, 36 mil dos quais quiseram assistir ao vivo ao espectáculo.

Um golo solitário, a marcar a diferença, atesta as dificuldades e os temores que chegaram a causar calafrios até soar o apito final.

Melhor não esteve o Futebol Clube do Porto na Choupana frente à sempre difícil e bem organizada equipa sob o comando da batuta de Manuel Machado.

Por entre culpas próprias e alheias, mais estas do que aquelas, os dragões voltaram às noites cinzentas, deixando cair a ideia de que a equipa estava a caminho da recuperação quase total.

Será no entanto injusto não reconhecer que a arbitragem de João Capela jogou sempre em desfavor dos portistas nos lances fulcrais e decisivos do jogo, embora não tenha sido essa a grande razão pela qual os continentais regressaram a casa de mãos a abanar. 

Quanto ao Benfica, aconteceu aquilo que parecia de todo lógico esperar. Mesmo sem futebol com nota artística, como o seu treinador gostava de o caracterizar nos tempos em que a sua verve era mais prolixa, os encarnados lograram marcar cedo sabendo, a partir daí, resguardar a magra vantagem perante um adversário que nem chegou a assustar.

Portanto, contas feitas, parece não haver motivo para enganos: mercê de tão dilatada vantagem o Benfica tem o título assegurado, muito embora se aceite que recuse entrar em euforias iguais àquelas que há um ano lhe causaram inesquecíveis dissabores, enquanto só por uma catástrofe imprevista o segundo lugar fugirá ao Sporting.

Quanto às lutas por outros lugares, delas falaremos mais tarde.