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Ribeiro Cristóvão

Absurdo e injustificável

26 fev, 2014 • Ribeiro Cristóvão

A fotografia do horrível momento vivido por Jardel dá-nos a noção perfeita da gravidade da lesão sofrida, a que se seguiu a sua reentrada em campo, sob indicação do treinador e da equipa médica do clube encarnado.

Absurdo e injustificável
Peço licença ao blogue “Geração Benfica” para aqui transcrever não apenas o título do seu artigo mais recente, mas igualmente algumas frases que o mesmo comporta.

Trata-se da abordagem à lesão de Jardel, que resultou de um choque com o seu companheiro de equipa Enzo Perez, no decorrer do jogo entre o Benfica e o Vitória de Guimarães, disputado na segunda-feira, no estádio da Luz.

A fotografia desse horrível momento vivido pelo defesa central brasileiro dá-nos a noção perfeita da gravidade da lesão sofrida, a que se seguiu a sua reentrada em campo, sob indicação do treinador e da equipa médica do clube encarnado.

Simplesmente inacreditável, tanto quanto os louvores e aplausos que lhe foram prodigalizados por técnicos, jogadores e dirigentes após a partida.

Para o blogue benfiquista aqui já citado, “Jardel não só não estava apto para jogar, como foi um desrespeito pela sua integridade física não o retirar imediatamente do campo. Nenhum médico no seu perfeito juízo –acrescenta- dava como apto alguém com a testa aberta desta forma”.

Isto não é um “filme do cinema”. Isto é a vida real, e na vida real não se brinca com a saúde de ninguém”, conclui.

Ainda há não muito tempo ocorrera, na Luz, um caso em que Jorge Jesus e a equipa médica do Benfica também foram protagonistas.

Após um choque com um adversário, Enzo Perez teve perda de conhecimento, saiu do campo, foi assistido e voltou a jogar nesse desafio.

Choveram críticas nessa altura e gerou-se até uma enorme polémica que envolveu também a classe médica. Se bem me lembro, a equipa médica do Benfica ficou sozinha nesse debate, tentando chamar a si a razão que, pelos vistos, não lhe assistia.

O caso recente de Jardel volta a chamar a atenção para esse problema. É que qualquer jogador é, antes de mais, uma pessoa. Com direito ao respeito e à preservação da sua saúde, o bem mais sagrado que deve ser defendido por todos, sempre e a todo o custo.