06 jan, 2014 • Ribeiro Cristóvão
É que com o desaparecimento daquele que foi um dos maiores jogadores mundiais da sua geração, não só fica mais pobre o seu clube de sempre, o Benfica, mas todos nós ficamos amputados de um dos membros mais unanimemente amados da nossa comunidade lusíada.
Tudo o que aconteceu durante estes dois dias no mundo inteiro, por via de sucessivos testemunhos enaltecendo a figura e a carreira de Eusébio, resta como a demonstração maior de como foi idolatrado ao longo de várias gerações, até daquelas que não tiveram o privilégio de o ver jogar.
Vindo um dia do bairro pobre da Mafalala, na então Lourenço Marques, recomendado por mãe Elisa à guarda de Mário Coluna, rapidamente conquistou o mundo com o seu talento e, ao mesmo tempo, com uma enorme humildade que viria a marcar toda a sua vida.
Ao serviço do clube que amou e da selecção que serviu com orgulho, Eusébio ganhou tudo o que havia para ganhar.
Com o seu contributo, sempre decisivo, os melhores troféus estão agora a engalanar para sempre o novo museu do Benfica, que fica a dever-lhe igualmente uma enorme dedicação, tantas vezes levada ao limite, e até com risco para a sua integridade física.
Morreu o Rei: resta-nos chorar a sua perda mas, ao mesmo tempo, retendo na memória os momentos de felicidade que nos permitiu viver ao longo de muitos anos, e que todos, reconhecidamente, lhe agradecemos.