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Ribeiro Cristóvão

Preocupações

03 dez, 2013

A nota mais relevante que resulta da última jornada da Liga, tem a ver com a passagem do  Sporting para o comando da classificação, facto que se tornara mais ou menos previsível desde há algumas semanas a esta parte.

O campeonato tem corrido de feição aos leões, a equipa mantém uma linha de exibições agradáveis e sem grandes intermitências, e os resultados acabaram por proporcionar aquilo que era desejado por uma massa associativa contida, que sofreu pacientemente, ao longo de anos a fio, à espera deste momento.

Não admira, por isso, que sobre o treinador Leonardo Jardim tenha voltado a cair de forma implacável a pergunta a que ele se tem recusado sistematicamente responder, ou seja, se face às actuais circunstâncias, o Sporting é ou não candidato à conquista do título de campeão.

E, no mundo do jornalismo, um grande pelotão desespera perante esta posição irredutível que o técnico madeirense, tanto quanto já se percebeu, não vai abandonar tão cedo.

Aliás, como se sabe, o princípio começou até por ser adoptado pelo próprio Presidente do Clube tendo, a partir dele, sido seguida por toda a estrutura a regra que se compreende , antes de mais, como uma atitude defensiva, destinada a resguardar uma equipa pouco tarimbada mas que se tem comportado para além das expectativas iniciais.

Ainda que indirectamente relacionada com esta questão de circunstância, uma outra assume também especial relevo por estes dias. A “grande dúvida” gira à volta de se saber quem é, de facto, o detentor do primeiro lugar da classificação geral, se Sporting ou Benfica, ambos nesta altura com 26 pontos.

Há posições naturalmente divergentes, mas o debate é estéril e não faz muito sentido, quando apenas estão cumpridos onze jogos de um campeonato que só terminará daqui por dezanove jornadas. 

Dividido o país ao meio esta é, curiosamente, uma preocupação mais vivida a sul, porque a norte as dores de cabeça  apontam noutro sentido.

O que ali está na linha das principais preocupações é saber como, depois de um incontável número de vitórias, vai o FCPorto sair da crise que parece instalada por força da ausência de exibições e de resultados susceptível de provocar fracturas difíceis de remediar.

Os próximos dias poderão ser decisivos.