Mudanças à vista?

Nem sempre fácil de perceber o ranking da FIFA acaba de fazer regressar o futebol português ao lugar privilegiado de que desfrutou durante meses a fio no passado ainda recente.

O comportamento da selecção, marcado por alguma falta de qualidade na fase de grupos do Campeonato do Mundo havia provocado um tombo nessa tabela, não parecendo muito provável tão espectacular recuperação pouco tempo depois.

Valeram, sobretudo, os jogos com a Suécia, e o apuramento categórico que o onze nacional conseguiu para alcançar a nova marca a qual, no entanto, não tem qualquer utilidade imediata, dado que o sorteio da fase final está à porta e já com todas as definições que implica.

Não deixa, no entanto, de ser um momento de afirmação do futebol português, que tão mal se tem comportado nas competições europeias a nível de clubes.

Aí, sim, se não houver uma melhoria clara, corre-se o risco de sofrer consequências em ambas as Ligas da UEFA, pelo menos daqui por dois anos.

A nível interno, repetem-se os testes às equipas melhor posicionadas na tabela à entrada para o segundo terço do campeonato.

As saídas do FC Porto a Coimbra e do Benfica a Vila do Conde chamam a si o grande interesse do fim-de-semana, sem que possa colocar-se de lado a recepção do Sporting ao Paços de Ferreira, equipa que tem por hábito fazer umas “gracinhas” em Alvalade.

Ainda assim, é sobre a equipa portista que recaem as mais justificadas expectativas. A atravessar momentos carregados de dúvidas, que atingem todo o plantel mas em especial o seu treinador, Coimbra pode representar a viragem.

Será porém necessário que muita coisa mude. A ambição e a atitude da época passada, bem como a coesão e capacidade de que então sempre deu mostras, estão a exaurir-se num grupo que até aqui apenas tem sido premiado com o acenar de lenços brancos, acto pouco frequente para os lados do Dragão.

Será bom inverter a tendência, enquanto é tempo.