Também tu, Rui?

António José Pinheiro de Carvalho, nascido em Esposende há 21 anos, formado nas escolas do Dragão e no futebol conhecido por Tozé, tem andado nas bocas do mundo desde que no último domingo transformou uma grande penalidade ao serviço do seu actual clube, o Estoril Praia, tendo sido o Futebol Clube do Porto a vítima do sucesso então alcançado.

O facto, em si, não teria grande impacto se entretanto não se tivessem registado alguns incidentes no túnel do estádio da Amoreira, quando as equipas se dirigiam para os balneários após um jogo muito disputado e que chegou ao fim com a divisão de pontos.

Relatou a imprensa, à posteriori, que de tais incidentes teriam sido protagonistas o médico dos portistas e o treinador adjunto, o antigo jogador Rui Barros, os quais, acrescentam as notícias, terão “apertado” Tozé pelo facto de ter, primeiro “cavado” o penalty, e depois encarregar-se da sua transformação, colocando a equipa nortenha em sérios embaraços quanto ao resultado final do jogo.

Convirá, antes de mais, esclarecer que Tozé não é jogador do FCPorto.
Actua no Estoril Praia porque o clube da linha pagou metade do valor do seu passe à Sad nortenha, e por isso pode e deve exercer com total liberdade a profissão que escolheu.
Sabendo-se das desculpas forjadas para a não utilização de jogadores emprestados que se repetem todos os anos no campeonato português, o facto de Tozé ter sido escalado pelo seu técnico é um exemplo salutar que deveria constituir simplesmente a regra e não a excepção.

Mas o que fica como mais relevante é o que se passou depois do jogo, com as equipas a caminho dos vestiários.
Sobretudo no que toca à intervenção de Rui Barros, que todos nos habituámos a ver e a respeitar no futebol como um jogador e um homem modelo, em todos os aspectos.

Porque terá mudado este antigo pequeno-genial?