A TAP e as mudanças no mercado

Desde que acabou o mercado das colónias, protegido da concorrência internacional, nunca mais a TAP teve uma vida sossegada. Sucederam-se as hipóteses de novos rumos para a empresa, como encontrar um parceiro estratégico. Nada se concretizou.

Resta a privatização e essa já falhou uma vez; agora, com a prestimosa ajuda de dezenas de pilotos, arrisca-se a falhar outra vez.

Entretanto, mudou o panorama da aviação comercial. As companhias “low cost” transportam cada vez mais gente, sobretudo na Europa, beneficiando o turismo, nomeadamente em Portugal. As companhias de bandeira perdem quota de mercado.

Por outro lado, cresceram muito as companhias dos pequenos países do Golfo – Dubai, Qatar e Abu Dhabi. A Emirates, do Dubai, é, de longe, a empresa que no mundo mais ganha por passageiro transportado.

A situação geográfica desses países, bem como da Turquia, é ideal para voos de longo curso, ligando a Europa, a América e a Ásia. Pelo aeroporto do Dubai já passam mais passageiros internacionais do que por Heathrow, Londres.

Um pormenor: não há sindicatos nas companhias aéreas do Golfo.