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Ribeiro Cristóvão

Prego a fundo

27 mar, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Bancadas cheias, público vibrante, e golos do lado encarnado, é o que se deseja de uma noite europeia igual a outras de um passado de que o Benfica há muito sente saudades.

Prego a fundo

O Benfica joga, esta noite, uma cartada importante na Liga dos Campeões Europeus. Pela frente vai ter uma das mais renomadas equipas do futebol inglês que, embora desejada por Jorge Jesus, recomenda as maiores cautelas e grande empenho dos jogadores encarnados.

Depois da saída de André Villas-Boas do comando da formação londrina, o seu rendimento mudou de forma quase radical o que confirma, mais uma vez, que o lugar de treinador de qualquer equipa voga com frequência ao sabor da vontade dos jogadores, sobretudo dos mais influentes e com maior capacidade de liderança do grupo.

O Benfica estará, assim, perante um adversário que aqui há um mês parecia ser o mais apetecível de todos quantos entraram então no sorteio dos quartos de final da Champions, mas que agora se situa uns furos bem acima e, por isso, se revela capaz de provocar insónias ao representante português.

Para chegar às meias-finais, o emblema da águia terá pois de voar mais alto do que tem conseguido no cumprimento de recentes compromissos domésticos, exigindo-se aos seus jogadores, sobretudo aos mais influentes, aplicação total no desafio desta noite, a fim de que daqui por uma semana a retribuição possa ser encarada com algum optimismo.

Não adianta argumentar que muitos dos jogadores do Chelsea estão velhos e desgastados, porque a realidade é bem diferente. A classe de alguns deles pode, num breve momento de inspiração, desequilibrar o curso de uma eliminatória em relação à qual não é legítimo alimentar excessivas expectativas antes de a bola começar a rolar.

Os benfiquistas, de um modo muito particular, e os portugueses em geral, acreditam e desejam que os escolhidos por Jorge Jesus consigam passar o “Rubicão”.

Bancadas cheias, público vibrante, e golos do lado encarnado, é o que se deseja de uma noite europeia igual a outras de um passado de que o Benfica há muito sente saudades.