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António Câmara

Paixão e óleo de fígado de bacalhau na educação

21 mar, 2014

Para que a escola apaixone temos que criar um ambiente que contraste decisivamente com o sistema de filtragem actual baseado em sucessivos testes e exames.

Como professor pretendo contribuir para que os meus estudantes encontrem uma paixão que lhes organize a vida. Sei que tenho que os inspirar para saírem da indiferença com que olham para a escola.

Para que a escola apaixone temos que criar um ambiente que contraste decisivamente com o sistema de filtragem actual baseado em sucessivos testes e exames.

A escola tem que ser um local em que qualquer um ganhe confiança em si próprio. Tem que ser também um local onde se estimule a exploração do novo, para além do conhecimento antigo.

Mas na escola devem também subsistir os obstáculos cuja ultrapassagem nos fortalece. Algo equivalente ao “velho” óleo fígado de bacalhau com que não simpatizávamos mas que nos tornava saudáveis.

Balancear a criação de paixões com a dose ideal de “óleo de fígado de bacalhau” é um dos principais desafios para o educador nestes tempos modernos.