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Subsídios de Natal e de férias deixam de ser pagos em duodécimos

23 nov, 2017 - 16:59

Proposta do PCP aprovada no Parlamento. Medida entra em vigor a partir de Janeiro, salvo nos casos em que os instrumentos de regulação colectiva de trabalho disponham de outra forma.

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O pagamento dos subsídios de Natal e de férias no sector privado vai deixar de ser feito parcialmente em duodécimos e voltará a ser feito de uma só vez, em 2018, depois da aprovação de uma proposta do PCP.

O PCP apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) para eliminar o artigo que determinava que os trabalhadores do privado recebessem metade do subsídio de Natal até 15 de Dezembro e metade do subsídio de férias antes do período de férias, sendo a outra metade de cada subsídio paga em duodécimos ao longo do ano.

Esta proposta foi aprovada esta quinta-feira, no segundo dia de votações na especialidade que decorre na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, com os votos a favor de todos os partidos com exceção do PSD, que votou contra.

Isto quer dizer que, a partir de Janeiro, ao sector privado vai aplicar-se o que está previsto no Código do Trabalho, salvo nos casos em que os instrumentos de regulação colectiva de trabalho disponham de outra forma.

A legislação laboral determina que o subsídio de Natal "deve ser pago até 15 de Dezembro de cada ano" e que, "salvo acordo escrito em contrário, o subsídio de férias deve ser pago antes do início do período de férias e proporcionalmente em caso de gozo interpolado de férias".

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  • Fernando Ferreira
    24 nov, 2017 Caldas da Rainha 19:25
    O pagamento do 13º mês e depois do 14º mês foi um processo que teve início em Portugal nos anos 60 e se prolongou pelos anos 70. O pagamento dessa verbas em duodécimos verificou-se apenas a partir de 2012, como forma de os assalariados não sentirem tanto mensalmente os cortes que lhe foram impostos. As pessoas deixaram de receber os salários suplementares e o comércio ressentiu-se, como não poderia deixar de ser. Normalizada a situação, não há razão para que os duodécimos continuem a subsistir e, nessa conformidade, estou de acordo com as disposições aprovadas para 2018 - 14 meses de salário para todos os trabalhadores, com os 13º e 14º meses pagos na altura devida e conveniente. Claro que se poderia analisar a alternativa que consistiria em limitar os salários a 12 mensalidades, como sucede em grande parte dos países europeus. Todos os salários seriam majorados em 14/12, o que daria, a título de exemplo, um salário mínimo de 650 euros. Eu, por mim, prefiro o esquema antigo e que vai continuar em 2018. Creio que o comércio também agradece.
  • Jorge
    24 nov, 2017 Seixal 17:33
    Finalmente vai ser reposta a normalidade no pagamento dos subsídios de férias e natal, porque são subsídios para o fim a que se destinam e não prestações mensais, com o perigo de se diluírem no tempo e fazerem parte do ordenado. Agora é que o povinho vai perceber quanto os pafiosos do PSD/CDS lhes gamou no ordenado, mais a sobrecarga de impostos que está a pagar, e deem-se por contentes por já ter acabado as retenções no ordenado e a famigerada sobretaxa de IRS. No que me toca, vou começar a receber líquido, sensivelmente o que recebia no ano 2009.
  • mendes
    24 nov, 2017 braga 15:46
    entao como e o governo diz uma coisa e faz outra-nos os reformados queremos o nosso dinheiro hoje e nao daqui a 1 ano
  • Rui
    24 nov, 2017 Lisboa 14:02
    Se eles cortaram o subsídio de natal na função pública têm dúvidas que a seguir seria no privado, os duodécimos era só para camuflar o que viria a seguir e um dia dia vai ser porque praticamente não existe distribuição de riqueza só umas medidas que se tomam hoje para desfazer amanhã e fica sempre tudo na mesma.
  • DSL
    24 nov, 2017 V. Cambra 13:59
    Que rica proposta do PCP e a aceitação da mesma. Mas que palhaçada é esta? Diz o PCP que é para equiparar ao sector público! Retiram o poder aos trabalhadores de poderem escolher como receber e acham que estão a fazer uma grande coisa. O trabalhador do privado é mesmo considerado um lixo por estes artistas. Que proponham equiparar o sector privado ao público no que diz respeito a regalias (35 horas de trabalho, bónus com mais dias de férias, melhores salários em média, maior estabilidade do emprego, valorização da antiguidade, bla, bla, bla...). Haja paciência para aguentar com estes politicos (tão bom é o Pedro como é o Paulo, uns propõe e os outros aprovam.
  • Susana
    24 nov, 2017 Leiria 12:51
    Espero ter o poder de escolher como orientar a minha vida e tomar decisoes sem que o governo "decida" por mim. Tal como eu sao milhares os portugueses que precisam desse dinheiro para pagar contas ,por comer na mesa e ter alguma dignidade. Esse "excedente" não e para ir de férias ou para andar as compras nos saldos , e o que nos permite ter algum( ainda que pouco) descanso financeiro e alguma paz de espírito. Temos despesas a contar com esse dinheiro. Primeiro "obrigam nos " a receber por fatias e agora querem nos dar o bolo todo?????? Cheira me a presente envenenado... Quero decidir por mim. Tenho esse direito ou será que não??!! Será que vivemos mesmo em democracia??? Ou numa ditadura disfa
  • Paulo
    24 nov, 2017 Porto 07:21
    Sim, zé. Então diz a esses partidos para obrigarem os patrões a repor salários como na fp. É que os duodécimos no final do mês davam um jeitaço. E depois falam em equiparar privado e público. Eu vou ter menos dinheiro ao fim do mês, já alguns profs que nem sequer são avaliados vão ter mais 1000€ por mês. Quem paga? Eu e outros tantos através de impostos, mesmo com menos € por mês. Obrigadinho esquerda
  • 23 nov, 2017 aldeia 21:14
    Se continuasse o psd/cds,se calhar hoje já nem haveria subsídios em duodécimos, é por estas razões que os partidos como o PCP e o BE fazem a diferença.

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