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Comissão Europeia.

​Medicina dentária, saúde mental e cuidados paliativos devem melhorar

23 nov, 2017 - 12:46

A esperança de vida à nascença aumentou mais de quatro anos desde 2000 e é superior à média da União Europeia, indica um documento elaborado pela Comissão Europeia.

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Portugal tem de melhorar a medicina dentária, a saúde mental e os cuidados paliativos e atender à "escassez de médicos de família", recomendou esta quinta-feira a Comissão Europeia no diagnóstico feito à saúde.

"Apesar do sucesso inicial das medidas aplicadas em termos de redução de custos e de aumento da eficiência, subsistem vários desafios, nomeadamente a aplicação de medidas eficazes de garantia da sustentabilidade financeira, acompanhada da melhoria das áreas de prestação deficitárias, como os cuidados de medicina dentária, a saúde mental e os cuidados paliativos", lê-se nas conclusões da avaliação a Portugal.

Portugal tem uma taxa de vacinação elevada e uma das mais baixas taxas padronizadas por idade e por sexo por 100.000 habitantes de internamentos evitáveis devido a asma, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e insuficiência cardíaca congestiva - cerca de 300, estando a média da União Europeia acima dos 600.

Nos últimos dez anos, sustentou o perfil da saúde em Portugal, "houve várias tentativas para melhorar a integração dos cuidados de saúde primários. Porém, verifica-se uma escassez de médicos de família, situação que poderá agravar-se no futuro com a aposentação dos médicos de família atualmente em funções. A motivação e a retenção dos profissionais de saúde, em especial dos enfermeiros, representam um importante desafio".

Bruxelas concluiu ainda que "o Serviço Nacional de Saúde cobre toda a população com a prestação de todos os cuidados excepto os de medicina dentária, mas, devido às disparidades geográficas, existem desigualdades no acesso aos cuidados de saúde".

O 'diagnóstico' apontou também que, apesar de "menos de metade dos cidadãos portugueses" dizerem gozar de boa saúde, "a esperança de vida à nascença aumentou mais de quatro anos desde 2000 e é superior à média da UE".

Em Portugal, as taxas de mortalidade relativas às causas de morte mais comuns (doenças cardiovasculares e certos tipos de cancro) têm vindo a diminuir, enquanto aumentaram o número de mortes por diabetes.

"Também as taxas de tabagismo e de consumo esporádico excessivo de álcool estão muito abaixo das médias da UE, mas o crescimento das taxas de obesidade e de inatividade física constitui um dos principais desafios para a saúde da população", notou ainda a Comissão Europeia.

Comentários
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  • ADISAN
    23 nov, 2017 Mealhada 16:51
    Só quem nunca viveu noutro país (da Europa) não sabe o que realmente significa o enorme défice na saúde (ou melhor, doença) dentária em Portugal. Na Alemanha, onde vivi 34 anos, éramos penalizados se não fôssemos ao médico dentista pelo menos uma vez por ano, sendo recomendado ir de 6 em 6 meses. E isto de forma gratuíta, podendo cada um escolher o seu próprio dentista, levando uma credencial que tinha a validade de 3 meses para as visitas que fossem necessárias durante esse período. A Europa ainda está longe de ser igual para todos os europeus.
  • CARLOS MANUEL DIAS G
    23 nov, 2017 ALMADA 15:09
    Para quando a saúde dentária nos Hospitais Públicos ? É melhor andar a pagar a esses " dentistas " privados ? São como cogumelos esquina em esquina . Em Londres, os Hospitais Públicos estão 24 sob 24 horas atendimento ao PÚBLICO / POVO, na medicina dentária . Sai caro ? Para a saúde da população ? É melhor gastar 10 mil milhôes na Banca !! Depois não se esqueçam, votem sempre .
  • Rui Alves
    23 nov, 2017 Sintra 15:03
    Há tanta coisa por fazer, a melhorar neste país!!
  • Manuel Costa
    23 nov, 2017 Agueda 14:11
    É bom que em Portugal se passe a dar mais atenção á saúde dentária, saúde mental e cuidados paliativos. São areas fundamentais para a saúde publica.
  • tuga
    23 nov, 2017 Lisboa 13:55
    A saúde mental principalmente deveria aumentar e muito para os lados de São Bento.

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