22 nov, 2017 - 12:45
Luís Guilherme não acredita que a previsível paragem dos árbitros no próximo fim-de-semana vão mudar alguma coisa no futebol português. A esmagadora maioria dos árbitros pediu dispensa ao Conselho de Arbitragem (CA), mas o antigo presidente da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol) considera que não há um plano definido.
"Esta medida peca por tardia. Os árbitros não têm uma estratégia, estão a trabalhar ao rumo do vento e isso não deve ser feito. Se houvesse alguma estratégia, as coisas podia ter levado outro caminho", defende Luís Guilherme, em entrevista a Bola Branca.
Neste cenário, a conclusão que tira é que depois da paragem as coisas não vão melhorar: "Estar a fazer paragens para depois tudo continuar na mesma não me parece que seja o melhor caminho. E depois da paragem, as coisas vão melhorar? Não acredito".
Um sinal de que este boicote dos árbitros não obedece a uma estratégia pensada, defende Luís Guilherme, é o facto de pedirem dispensa, "uma prerrogativa do regulamento para situações como assuntos familiares". "As dispensas não servem para este tipo de luta, servem para casos pontuais, imponderáveis", justifica.
Com a convicção de que o CA está ao lado dos árbitros nesta questão, Luís Guilherme, que também foi presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, diz que "os árbitros estão a pôr a batata quente nas mãos do CA". Caberá a Fontelas Gomes, presidente do organismo, dar agora uma resposta aos juízes.