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CIP indisponível para aumentar salário mínimo para 600 euros

19 nov, 2017 - 09:43

Na entrevista, António Saraiva considerou que a proposta de aumento do salário mínimo para 600 euros, defendida pelo PCP, é "uma luta partidária" dos comunistas com o Bloco de Esquerda.

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O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, afirmou este domingo, em entrevista conjunta à Antena1 e ao Jornal de Negócios, que não há disponibilidade para aceitar a proposta de 600 euros de salário mínimo para 2018.

"Não é que o salário mínimo não devesse ser - assim o país tivesse condições e as empresas para o suportarem - dessa dimensão. Vejo nessa argumentação do PC uma luta partidária com o Bloco de Esquerda", disse António Saraiva.

Questionado sobre um possível aumento do salário mínimo para 580 euros, o empresário disse que a CIP não fará desse valor "um cavalo de batalha" e que só tomará posição depois de saber a proposta do Governo.

O presidente da CIP afirmou ainda que o Orçamento do Estado (OE) para 2018 "cria expetativas às famílias, mas deceção às empresas".

Do OE, António Saraiva reconheceu a importância de algumas medidas incluídas no programa Capitalizar, mas no geral "aquilo que está para as empresas é muito escasso" e penaliza a "atratividade do investimento".

"Estamos cansados de alguns dos dossiês não nos respeitarem", disse, referindo que na confederação está ser feita uma "reflexão" para "encontrar formas imaginativas" de fazer valer os direitos das empresas junto do Governo.

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  • anonima
    22 nov, 2017 lisboa 12:06
    Miséria de pais que funciona a duas velocidades: para a função publica carreiras descongeladas, aumentos de salarios e outros beneficios para o privado nem migalhas e vem esta estafermo dizer que não há hipotese de aumento de salario minimo. Neste pais uns são senhores e outros são escravos a trabalharem quase a custo zero. E melhor emigrar. Empresarios encostados ao estado e de nojo.
  • 19 nov, 2017 aldeia 18:11
    Um país que não consegue um ordenado mínimo de 600 euros,então é mesmo melhor emigrar,pois aqui não temos empresários.
  • Querias ...
    19 nov, 2017 País 12:19
    O ideal mesmo era não haver salário minimo nem regulamentação laboral: o horário de trabalho seria o que as empresas quisessem, os despedimentos eram livres e gratuitos - talvez por "razões atendíveis" como queria o passinhos de massamá na sua Revisão Constitucional que foi logo para a gaveta quando caíu a pique nas sondagens - e claro, o Estado tinha de baixar impostos para as Empresas e comprometer-se a pagar toda a produção que não tivesse sido vendida... O pior é que nessa altura, tocou o Despertador ...
  • VICTOR MARQUES
    19 nov, 2017 Matosinhos 12:05
    Qualquer dia, os Partidos e "domesticam" o PS, forçam o caminho das nacionalizações...

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