18 nov, 2017 - 19:41
O candidato à liderança do PSD Rui Rio manifestou-se contra quaisquer alterações estatutárias a apresentar no próximo Congresso, defendendo que deveria ser realizada outra reunião magna para fazer o que chamou de "verdadeira revolução" no partido.
Numa reunião em Lisboa das Mulheres Social-Democratas, uma estrutura informal do PSD sem existência nos estatutos, Rui Rio disse discordar da decisão do último Conselho Nacional que incluiu na ordem de trabalhos do próximo congresso um ponto para a discussão de alterações estatutárias.
"Aquilo que defendo é fazer o que fiz quando era secretário-geral e o professor Marcelo Rebelo de Sousa presidente do partido: fizemos um congresso só para os estatutos", afirmou, considerando que discutir estatutos "em cima do joelho" num Congresso que serve para eleger novos órgãos só pode resultar "numa manta de retalhos".
"Neste momento, não mexia em nada e depois mexia a sério de cima em baixo, o que eu quero é justamente fazer uma revolução na forma de funcionar o partido", acrescentou.
Rio tinha sido questionado se concorda com a integração das Mulheres Social-Democratas nos estatutos do PSD, mas escusou-se a responder em concreto a esta pergunta, preferindo defender o princípio geral.
"Neste momento sou contra todas as alterações estatutárias no Congresso. Todas, sem excepção. O PSD tem de funcionar de modo diferente, e tem de ter uma alteração estatutária muito bem feita e muito bem pensada", defendeu.
As eleições directas no PSD realizam-se a 13 de Janeiro e, além de Rui Rio, é candidato Pedro Santana Lopes, que também intervirá na reunião das Mulheres Social-Democratas.