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Costa sem “condições financeiras para dar resposta” aos professores em 2018

17 nov, 2017 - 18:15

Docentes vão ter as carreiras descongeladas, mas primeiro-ministro diz que o Orçamento não tem verba para contabilizar os anos que estão para trás.

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O primeiro-ministro, António Costa, admite a possibilidade de contabilizar os nove anos em que os professores tiveram as carreiras congeladas para efeitos de progressão, mas essa possibilidade não acontecerá no próximo ano.

Em declarações em Gotemburgo, à margem da Cimeira Social da União Europeia, António Costa mostrou esta sexta-feira abertura para discutir, mas reitera que o Orçamento do Estado para 2018 não dispõe de margem orçamental para responder às exigências dos sindicatos.

“Os professores são a categoria profissional onde há, em número absoluto, mais pessoas a poder progredir na carreira e, em termos percentuais, dos que mais progridem. São 46 mil professores que vão já poder progredir na sua carreira em 2018. O Orçamento do Estado devolve uma coisa fundamental, que é o direito à carreira por parte de todos os funcionários”, declarou o primeiro-ministro.

“Outro ponto distinto é a discussão que foi agora aberta sobre o que acontece ao período de tempo em que o cronómetro esteve parado. Essa discussão é nova, muito difícil pelo seu impacto financeiro, pela repercussão que tem noutras carreiras. Portanto, requer tempo e discussão, o que não é compatível com este Orçamento do Estado para 2018, nem há condições financeiras em 2018 para lhe dar resposta”, sublinhou.

Nestas declarações na Suécia, o chefe do Governo voltou a manifestar optimismo quanto à vitória da candidatura do Porto para a relocalização da Agência Europeia do Medicamento.

Noutro plano, António Costa deixou também a garantia de que não foi debatida a questão da presidência do Eurogrupo, numa altura em que a eventual candidatura de Mário Centeno vai somando apoios.

Comentários
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  • Mestria
    18 nov, 2017 Ps 12:22
    O Costa tem todas as condições e surpresas financeiras na algibeira, mas a melhor esta bem guardada, e vai levar algum tempo a aparecer.
  • Carolina
    18 nov, 2017 Lisboa 08:31
    Que me perdoem todos aqueles professores que realmente tem paixão pelo ensino aos jovens..que infelizmente são muito poucos.Esta classe mediocre acha que tem de ter condições diferentes de todos os outros..isso meus amigos era no tempo do Salazar!Logo quando saem da faculdade têm de ser professores a força, esquecemo-nos de todos aqueles que tiraram uma licenciatura, mestrado e pos graduação, em outro curso qualquer mas porque nao arranjam trabalho na sua área muitos vão parar a caixas de supermercado ou sujeitam.se a salarios ridículos ou ainda têm de ir para o estrangeiro. .mas estes senhores sao professores e não podem fazer outra coisa..enfim..depois não querem ser avaliados, querem progressões automaticas sem ser com base do mérito profissional apenas pela idade querem reduções de horas,aumento de rendimentos..qualquer dia dao aulas online a partir de casa e ainda querem algum subsídio. .Professores de todo o país não há dinheiro para as vossas exigências ridículas e estapafúrdias. .mesmo assim têm -vos dado demasiada importância, são, a par a generalidade da função pública, uma classe privilegiada. Muitas vezes interrogo-me se existem portugueses de primeira e de segunda..eu sou de segunda..trabalho as vezes mais horas e não sao pagas..dentro das 40h semanais. .sou avaliada todos os anos..progrido na carreira e vejo o meu salário aumentar com base na minha avaliação. .tenho de Trabalhar com profissionalismo ,dedicação e ambição!Srs professores vão dar aulas a serio!
  • António
    18 nov, 2017 Norte 07:21
    Não vi nenhum sindicato falar que os professores trabalham 9 meses no ano e recebem 14. Acho bem que lutem pelos direitos mas não são mais do que os restantes trabalhadores. Por isso que encontrem também uma solução para os meter a trabalhar durante 11 meses/ano. Este país continua a ter classes sociais do tempo das monarquias. A nobreza e respectiva burguesia e a plebe, onde hoje os funcionários públicos são os burgueses e os privados a plebe que para além de ganharem menos ainda têm que trabalhar mais horas e à chuva ao frio e ao calor muitos deles.
  • Jt
    18 nov, 2017 00:36
    Vergonhoso o procedimento do paciente.m. ...Tenha ao menos o descernimento de não mandar as suas hostes jornalísticas manipular a opinião pública como os anteriores governos. Erraram! Políticos , banqueiros, firmas de farmácias foram as pistas dos governos desde 2004. Os Professores contra tudo mantiveram o País até hoje com os ordenados a meio. . Até hoje quantos estão na cadeia pela banca, tanques, farmácia, imobilirio, submarinos, contas mexicanas como noutros que apostam nos Professores e na Justiça (ex: Islândia e Alemanha). Até um pseudiescritor voltou à ignorância de quem sempre andou à sombra da mama para ir à t.v. dizer barbaridades dignas de um recoletor.Imformem-se, e em último caso retirem todas as reposiçoes na função pública- até quero ver....
  • Manuel Alves
    18 nov, 2017 Lisboa 00:34
    Enquanto aos quadros técnicos das carreiras gerais com avaliação mediana (ainda por cima têm quotas) só lhes é possível progredir ao fim de 10 anos, os professores só precisam de esperar 4 anos e num dos escalões apenas 2 !!! Tempo que um professor necessita para chegar ao topo da carreira : 34 anos. Tempo que um quadro técnico superior (jurista, economista, engenheiro, arquiteto, etc) precisa 120 anos !
  • Jferandes
    18 nov, 2017 Porto 00:04
    Se nao ha condicoes financeiras, vou dar uma ideia. Pecam reforco de verbas ao Mechia da EDP, o Macedo da CGD o reformado do BCP etc!!!! Etc !!!etc.
  • Leonardo
    18 nov, 2017 Porto 00:02
    Costa, um socialista não tem condições para cumprir o que Guterres prometeu aos professores? Uma subida na carreira sem exames sem qualquer espécie de entrave que não fosse o tempo de serviço? É que esse pequeno detalhe fez com que guterres ganhasse as eleições, sorte desta gentinha é que a memoria do povo é curta.
  • jomagi
    17 nov, 2017 Paião 23:56
    A função pública também quer as mesmas regalias (ou não são Portugueses?)
  • JoeJunior
    17 nov, 2017 Setúbal 23:27
    Verifiquem o nível destes professores que se dizem docentes. Verifiquem como redige uma professora deste país: (Senhor Primeiro Ministro Atingi por mérito com avaliação de desempenho, que me foi exigida, em 2011, o índice 370, da carreira docente e neste ano a carreira congelou. Vi em 2010, por força da carreira única subir docentes ao índice 340, onde me posiciono desde março de 2002, sem lhe ser exigido, a estes docentes avaliação de mérito (Muito Bom ou Excelente) e sem Licenciatura. Assim, gostaria de saber se a carreira docente descongela para todos, pois por força das circunstâncias eu terei que receber retroativos.)
  • Manuel Costa
    17 nov, 2017 Agueda 22:49
    Ainda bem que Antonio Costa não tem dinheiro para fazer a vontade a Mario Nogueira, que vive num país imaginário. Num país real as pessoas só sobem na carreira se tiverem mérito e não por ter idade. Se um prof. jovem for melhor que um mais antigo, deve ser o jovem a ser promovido. Só assim o ensino terá qualidade, melhores alunos e melhores profissionais no futuro. Mário Nogueira é um lunático perigoso!?...

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