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Lisboa. Seis dos sete polícias envolvidos em perseguição constituídos arguidos

15 nov, 2017 - 23:11

Mulher baleada mortalmente não estava relacionada com o gangue de assaltantes que os agentes da PSP perseguiam.

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Seis dos sete polícias envolvidos no caso da mulher morta acidentalmente durante uma perseguição policial foram constituídos arguidos. A informação é avançada pela TVI.

Segundo a mesma fonte, os agentes foram ouvidos esta quarta-feira pela Polícia Judiciária (PJ), na qualidade de testemunhas, mas apenas um não foi constituído arguido.

Durante a perseguição policial no Bairro da Encarnação estiveram envolvidos sete agentes da equipa de intervenção policial de Loures. Cinco deles, armados com pistolas Glock de 9mm, dispararam durante a ocorrência. Todas as armas estão na posse da Polícia Judiciária.

Segundo apurou a TVI, o projéctil ficou no corpo da vítima, que foi atingida no pescoço, e em breve será feita a autópsia no Instituto de Medicina Legal de Lisboa.

Segundo o comunicado da PSP, a mulher seguia num carro que não parou à ordem policial e que tentou atropelar os agentes, mas não estava relacionada com o gangue de assaltantes que estes perseguiam.

Sindicato desdramatiza

“É normal que sejam constituídos arguidos, uma vez que foram efetuados vários disparos. Nem precisei confirmar se foram constituídos arguidos porque nestes casos, sejam polícias ou não, é chapa cinco”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP).

Carlos Torres referiu que, dos sete agentes envolvidos na ocorrência, cinco pertencem ao sindicato por si presidido, que colocou à disposição destes os apoios jurídico, social e psicológico.

“Dos agentes envolvidos houve um que acertou, agora será feita a recolha do invólucro e a análise balística. Depois de efectuada a análise é normal que os agentes passem a testemunhas no processo”, referiu.

O presidente do SIAP disse que, dos sete envolvidos, um dos agentes não será constituído arguido, por não ter puxado da arma.

“Um dos agentes não será constituído arguido, uma vez que se trata do agente que foi assistido e não puxou da arma. Agora terá sempre que ser aberta uma investigação pelo Ministério Público, mesmo em caso de legítima defesa”, salientou.

Carlos Torres acrescentou que falou com um dos agentes envolvidos na ocorrência. “Falei com um dos envolvidos mais de uma hora ao telefone e estava a chorar e muito em baixo. Ninguém fica bem depois de uma situação destas, ainda para mais porque a pessoa ao lado não tinha culpa dos atos do condutor”, defendeu.

A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um inquérito para apurar em que circunstância ocorreu a morte de uma mulher durante uma perseguição policial esta madrugada em Lisboa, anunciou o Ministério da Administração Interna (MAI).

Comentários
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  • Teresa
    17 nov, 2017 Lisboa 09:09
    Errar é humano. E quando a profissão envolve elevado risco, situações como esta podem acontecer. Quanto maior o sentido de responsabilidade , aquele que os levou a actuar, maior o sentimento de culpa estes agentes estarão a sentir. Não nos podemos esquecer que o objectivo era deter os assaltantes do multibanco e não matar uma inocente. Embora ela própria e o seu acompanhante se tenham colocado em situação de risco. Os agentes da PSP merecem todo o nosso apoio,. pois a nossa segurança depende de profissionais actuantes e não de polícias com medo de agir.
  • Leonor
    16 nov, 2017 Faro 19:48
    Desde quando é que alguém que mata alguém precisa de apoio psicológico? Apoio psicológico aos polícias envolvidos na morte desta mulher? Creio que só uma pessoa aqui precisa de apoio psicológico: a mãe da vítima.
  • Dionisio
    16 nov, 2017 Lisboa 15:05
    A PSP presta serviços inestimáveis ao País.A vitima era brasileira o que elevará o caso a nível internacional.A noticia n refere as circunstancias ,barrar com carros ou lagartas é uma forma a tiro só por razoes extremas.Q se saiba do carro em questão n saíram disparos nem parou na barreira mas á frente,enfim aguardemos.
  • não se entende!
    16 nov, 2017 lx 13:22
    porque não obedeceu o condutor ao sinal de paragem?...
  • Victor
    16 nov, 2017 lx 10:00
    A policia por muito que custe vai ter que 'assobiar para o lado', com este estado de PREC e extrema esquerda Costa/BE/PCP.
  • Carla
    16 nov, 2017 Oeiras 09:43
    Os polícias que fiquem é em casa a descansar pois o que ganham não é suficiente para se meterem em confusões destas. Os criminosos vão a tribunal e saem cá para fora impunes para voltar a praticar crimes. São acusados 20 e mais vezes e são libertos. Polícia para quê!? Não podem fazer nada. Se apanham são totós, se batem são violentos e assassinos...presos por ter cão e não ter. O único arguido neste caso deve ser o condutor que não respeitou o código da estrada nem obedeceu a uma ordem de uma autoridade, mas esse vai andar em liberdade, o polícia vai ter a vida destruída e ainda vai pagar uma indemnização ao criminoso. Só em Portugal.
  • Dario
    16 nov, 2017 Rial 09:07
    Lamento que tenho morrido, no entanto devo dizer que eu nunca fugi, nem nunca fugiria, a uma ordem da polícia para parar, mesmo que tivesse os pneus carecas. Acho que alguém com juízinho na cabeça tinha parado o carro. Agora que li o comentário do "indignado" eu também pergunto, o que foi feito do condutor?? Que eu saiba conduzir sem carta é crime, por isso não está ele também constituido arguido? Ou está de baixa (pela caixa)?
  • Pedro Afonso
    16 nov, 2017 Lisboa 09:03
    A conduta não parou e tentou atropelar os agentes!? Mas alguém acredita nesta? Acredito que os agentes erraram e não seriam intenção deles o que aconteceu, mas cheiram-me a historia concertada!!!
  • sul
    16 nov, 2017 sul 08:41
    Eu estou com o policia
  • Eçadekeiroz Beirão
    16 nov, 2017 Coimbra 08:40
    Aqui está mais um exemplo. Isto é tal qual como eu costumo dizer, os elementos das forças de segurança não podem tomar qualquer atitude, a única opção que lhes resta, é deixarem-se matar pelos criminosos, senão é-lhes levantado um processo disciplinar e, no mínimo, perdem o emprego. A isto chama-se DEMOCRACIA e ESTADO DE DIREITO.

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