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Espanha

Indemnização pela catástrofe do "Prestige" ascende a 1,5 mil milhões de euros

15 nov, 2017 - 17:24

Os principais condenados são o capitão do navio e a sua seguradora. Decisão é tomada 15 anos após o naufrágio do petroleiro, ao largo da Galiza.

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A justiça espanhola fixou esta quarta-feira em 1.573 milhões de euros o montante da indemnização que o Estado espanhol deve receber dos responsáveis pela maré negra provocada pelo petroleiro “Prestige”, em 2002.

A deliberação do Tribunal da Corunha, na Galiza, também prevê 61 milhões para o Estado francês, pelo facto de a costa do noroeste de França também ter sido afectada.

Os principais condenados são o capitão do navio, Apostolos Ioannis Mangouras, hoje octogenário, e a sua seguradora, a britânica The London Steamship Owners Mutual Insurance Association.

No entanto, a sociedade proprietária do petroleiro e o Fundo internacional de indemnização das marés negras (FIDAC) também poderão ser obrigados a uma compensação.

A Junta da Galiza deverá também receber 1,8 milhões de euros pelas despesas de reciclagem do combustível, para além das somas atribuídas a outras entidades, câmaras e particulares.

No auto são destacados danos morais, calculados em 363 milhões de euros, porque "são óbvios, extensos e profundos, não apenas pelo sentimento de temor, ira e frustração que afetou grande parte dos cidadãos espanhóis e franceses".

As entidades abrangidas pela decisão poderão interpor recurso no Supremo Tribunal.

A 19 de Novembro de 2002, o petroleiro liberiano “Prestige”, com pavilhão das Bahamas, afundou-se no Atlântico, ao largo da Galiza, seis dias após sofrer uma avaria durante uma tempestade.

Durante várias semanas, mais de 63 mil toneladas de combustível foram derramadas, poluindo milhares de quilómetros do litoral de Espanha, Portugal e França.

Mais de 300 mil voluntários de toda a Europa participaram na limpeza da costa.

Comentários
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  • Virgilio Lunet
    15 nov, 2017 Tondela 18:52
    ~Então as indemnizações são só para Espanha e França? Portugal não tem direito a nada? O derrame também cá chegou.

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