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Instituto Superior de Teologia de Évora faz 40 anos e está mais internacional que nunca

14 nov, 2017 - 18:00 • Rosário Silva

As celebrações do ISTE foram marcadas para sexta-feira, dia 17.

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O número é redondo e é para celebrar com notoriedade. Afinal, são 40 anos a promover a formação filosófica, teológica e pastoral dos candidatos ao sacerdócio das dioceses de Évora, Beja e Algarve.

O presidente do Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE), cónego José Morais Palos, assegura à Renascença que “os objectivos que levaram à sua criação em 1977, conservam-se e mantém a vitalidade”, tendo em conta a preocupação de dar “formação académica e doutrinal aos futuros padres, para além de promover a actualização do clero das dioceses do Sul e da diocese de Setúbal”.

Nos últimos anos, as portas do ISTE abriram-se, também, a candidatos ao sacerdócio de outras dioceses e países, dando ao instituto uma dimensão mais internacional.

“Recebemos candidatos da diocese de Bragança, por exemplo, mas igualmente de dioceses de Angola, Cabo Verde ou Timor”, assim como “dos alunos que frequentam o seminário Redemptoris Mater e que são de diversas proveniências, nomeadamente da América Latina”, refere José Morais Palos.

No ano em que celebra 40 anos, o ISTE regista, também, um número significativo de alunos. Actualmente, frequentam o curso de Teologia, “44 alunos, mas prevemos a entrada de mais quatro no segundo semestre, dois dos quais são da Ucrânia”, adianta o sacerdote.

Entre as prioridades deste instituto superior, encontra-se a actualização dos sacerdotes que nos últimos anos adquiriu moldes diferentes.

“Desde 2008 e até hoje esta actualização materializa-se na organização de jornadas, com grande projecção nas dioceses da Província Eclesiástica do Sul, e a adesão da diocese de Setúbal”, indica o presidente do ISTE, o que “reforça a importância dos temas escolhidos e actuais, que queremos continuar a desenvolver face aos desafios que se colocam aos sacerdotes”.

Outra das vertentes da instituição prende-se com a formação de leigos. Em 1979 foi criado, precisamente, o primeiro curso de formação para leigos, mantendo-se com “mais ou menos adaptações em Évora”, tendo-se estendido a outras localidades da diocese, onde chegou a funcionar “em seis pólos diferentes, em 2011/2012.”

Para o cónego José Morais Palos, podem não existir “todos os recursos desejáveis para manter esta actividade”, mas tem sido feito um grande esforço “para equilibrar a formação de modo a suprir as necessidades da diocese.”

Apesar da sua autonomia e da estabilidade do corpo docente, à Renascença este responsável admite que é fundamental a parceria que mantém com a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.

“Esta colaboração permite-nos assegurar a continuidade dos estudos aos nossos alunos, com a inscrição na Faculdade de Teologia da Católica, depois de terem feito aqui, praticamente, todo o currículo.”

O protocolo assinado em 1992 já foi revisto por duas vezes. A primeira em 2003 e a segunda, justamente, em 2017, ano deste aniversário expressivo do ISTE.

“Estamos muito satisfeitos porque assim os nossos alunos, daqui vão para Lisboa fazer algumas, poucas, matérias curriculares, um seminário e o trabalho final para adquirem o grau de Mestre em Teologia”, acrescenta o presidente do Instituto Superior de Teologia de Évora.

Quatro décadas num dia de festa

O dia do ISTE celebra-se a 15 de Novembro, o dia do seu patrono, Santo Alberto Magno, mas este ano, o calendário indigita as celebrações para o dia 17 de Novembro, sexta-feira.

As cerimónias evocativas compreendem uma Sessão Solene, no auditório da Fundação Eugénio de Almeida, presidida pelo arcebispo, D. José Alves, seguida de uma conferência sobre “O ensino da Teologia em Portugal nas últimas décadas”, a cargo de Jorge Teixeira da Cunha, da Universidade Católica Portuguesa – Porto. Uma Eucaristia na Igreja do Espírito Santo, em Évora e um almoço comemorativo com cantares alentejanos, completam as celebrações desta data.

Santo Alberto Magno, o patrono do instituto, nasceu em Lauingen, junto do Danúbio (Alemanha), cerca do ano 1206. Fez os seus estudos em Pádua e em Paris. Entrou na Ordem dos Pregadores (Dominicanos) e exerceu a actividade de professor em vários lugares. Ordenado bispo de Ratisbona, pôs todo o seu empenho em estabelecer a paz entre os povos e cidades. É autor de muitas e importantes obras, tanto de cultura sagrada como profana. Morreu em Colónia no ano 1280.

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  • Andrade
    14 nov, 2017 Leiria 18:42
    É uma vergonha. Só aqui em Portugal é que eu vejo seminaristas (e até padres) de fato e gravata. Em nenhuma Universidade Pontifícia ou Seminário por onde passei encontrei tal coisa. É a formação de bons administradores paroquiais, doutores, falta parecerem aquilo que serão... pastores!

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