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Laranja, preto ou vermelho. Que cor têm as minhas emoções?

15 nov, 2017 - 17:07 • Marta Grosso

As cores podem traduzir estados de alma. Tomar consciência deles e abrir portas a compreender melhor os outros é o objectivo do livro “Que cores têm as tuas palavras” de Susana Pedro.

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Que cor têm as emoções? Como as posso expressar? “Que cores têm as tuas palavras”, o novo livro de Susana Pedro, é uma viagem pelas emoções humanas, conduzida por apenas uma personagem.

“O meu nome é Li e esta é a minha história”, assim se apresenta o protagonista, que é um livro. Um livro com “palavras guardadas nas suas páginas”, algumas “tristes, outras alegres, algumas assustadoras e outras que derretem o meu coração”.

“São palavras de todas as cores e que fazem de mim quem sou”, explica Li.

À Renascença, a autora diz que quis englobar duas dimensões no livro: “explicar o que são as emoções e fazer a ligação com o outro”. Como? Levando o leitor a reflectir “sobre qual o nosso lugar no mundo e qual o lugar dos outros; que cada um é como é e que devemos respeitar-nos como somos”.

Susana Pedro é fundadora da Sociedade do Bem, uma instituição sem fins lucrativos que se dedica à promoção e desenvolvimento da literacia emocional e social em contexto escolar.

“Os outros também têm uma história e as suas vivências e devemos tentar perceber essa história antes de julgar ou criticar”, defende.

O livro foi pensado para ser lido em contexto escolar, mas abre portas à família, permitindo aos pais “explorarem com os seus filhos o que são as emoções, página a página”.

A orientação está no final do livro, com sugestões de interacção: “'então e a ti, o que é que te deixa triste?' e 'o que é que tu fazes quando te sentes assim?'”.

Susana Pedro acredita, por isso, que o livro “pode ajudar os pais a compreender que todas as emoções são válidas” e a lidar de melhor maneira com elas, “porque às vezes não têm muitas ferramentas. Quando a criança está irritada, dizem 'vai-te acalmar e depois volta' e não sabem muito bem como lidar com isso”.

Ao tomar consciência das emoções – das próprias e das dos outros, que podem ser as das crianças – “também se pode aprender e trabalhar”, defende ainda a autora, lembrando que “cada pessoa tem a sua história”. As suas cores.

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