Tempo
|
A+ / A-

Seca. Marcelo diz que autarcas e Governo estão a fazer “o que podem"

11 nov, 2017 - 20:28

Chefe de Estado tem mostrado a sua preocupação quanto à questão da seca e ainda esta sexta-feira visitou a barragem de Fagilde, uma das que está em piores condições.

A+ / A-

O Presidente da República considera que os autarcas e o Governo estão a fazer "o que podem" para resolver os problemas decorrentes da seca, esperando que tal "chegue" para solucionar a questão no "curtíssimo prazo".

"Não atiro pedra a ninguém, não atiro pedra aos autarcas, que estão a fazer o que podem, nem ao Governo, que está a fazer o que pode", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado espera que o que está a ser feito “chegue para resolver os problemas de curtíssimo prazo e que encaminhe os problemas de curto prazo".

Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve no Congresso Nacional de Estudantes de Medicina - CNEM 2017, que decorreu na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, sublinhou que a sua visita, na sexta-feira, à barragem de Fagilde revelou "a seca na sua expressão mais evidente: três metros e meio de altura [de água] naquela barragem".

Mas, "também ouvi os autarcas dizerem o que estão a fazer e o que estão a acertar com o Governo. E o que é que estão a fazer? No curtíssimo prazo transporte de água por camiões cisterna, um esforço conjunto de vários municípios, para já reunindo quatro ali, mas a ideia é alargar o esforço a oito", prosseguiu o chefe de Estado.

Além disso, também estão previstos "furos para encontrar mais água, aproveitamento de água de pedreiras, isto é, recurso a tudo o que possa ser uma ajuda para o curtíssimo prazo", acrescentou.

"Depois, no curto prazo, [estão previstas] medidas já muito avançadas para aumentar a capacidade existente nas albufeiras, em conjunto com o Governo, ligação entre os vários subsistemas para circulação de água, planeamento de novas estruturas para o futuro, mas de concretização a prazo não muito longo", disse.

"Portanto, achei que as ideias estavam muito claras na cabeça dos presidentes de câmara e na conversa que tinham tido com o Governo quanto àquilo que era preciso fazer de imediato", explicou, adiantando que os autarcas apontaram que, depois de fazerem as contas, excluíram o transporte de água por comboio, preferindo os sistemas de camiões cisterna.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • alguem se lembra
    12 nov, 2017 pt 16:20
    da tese que em tempos, os PSDs lançaram sobre as portagens que deveriam ser pagas apenas, pelo o utilizador pagador? Claro que pensavam eles que parte do que consomem nas regiões não são transportados por via rodoviária e que são auto suficientes, e portanto isso não seria objecto de ser portajado! Ora, agora a região do "cavaquistão" que necessita de ser abastecida de água porque não é auto suficiente, como é que vê essa utilização da rodovia para que a água chegue ao seu destino? Será que deveria ser somado ao preço da água o custo da respectiva portagem como utilizador pagador?... Para que todos aqueles que debitam aberrações e teses de xico-espertice, ponderem bem naquilo que afirmam e que poluem a opinião publica, com a ajuda de alguns media, assimiladas por muitos dos incautos que se deixam levar por essas afirmações baratas!
  • Anonimo
    12 nov, 2017 11:14
    O que aqui na Terra, em relação ao clima, os humanos poderão, fazer, parece que não querem. Assim estamos, como sempre estivemos, à mercê da Natureza, DEUS, e teremos que dizer, seja o que Deus quiser. Se calhar é bem melhor, que ainda os humanos não possam dispor do tempo "estações do ano" a seu belo prazer. Isto são palavras minhas, e porventura de muito mais pessoas, mas parece que tudo que seja para bem do planeta, caia em saco roto. Assim mais uma vez: Seja o que Deus quiser..
  • Constanca
    12 nov, 2017 Aveiro 02:55
    As vezes e mesmo preciso estar muito atento para perceber o alcance das palavras dos politicos. Marcelo, calcula milimetricamente o efeito que quer que tenham as suas palavras para, com elaa, atingir os seus objetivos politicos. Desta vez, relativamente a seca, lembrou-se que havia autarcas e autarquias e que as camaras e as juntas de freguesia, por serem o poder mais proximo das populacoes, quem melhor conhece o terreno e as condicoes em que esta, tendo em conta a acao que tem ou nao desenvolvido, mas que e da sua responsabilidade. E bom ouvir da boca do Presidente que afinal estes orgaos existem e nao e para meros fins estatisticos. E que nos incendios, infelizmente, de forma muito conveniente, o Presidente quis dar um golpe (baixo) mas certeiro no governo, omitindo pura e simplesmente a existencia das autarquias e a sua responsabilidade antes de qualquer outro orgao na estrutura de poder, no levantamento de toda a zona sob a sua jurisdicao. Um dia saber-se-a porque quis fingir que nao ha poder local em Portugal. Nao sera dificil de adivinhar se juntarmos as contradicoes entre o que foi e o que esta a ser o seu mandato. Um portugues vai para os Estados Unidos mas nao deixa de ser portugues.....
  • Fausto
    12 nov, 2017 Lisboa 00:00
    Vão limpando as sarjetas...agora está a bombar à grande...são tão lindos...eu não resistia...temos pena...primeiro o frio...
  • Jose
    11 nov, 2017 Suiça 23:18
    Portugal, na semana da web summit é um case study de parvoíce na Europa, com uma rede de água isolada, que se liga às redes vizinhas não por canos válvulas e bombas mas por camiões cisterna e comboios. É um requesito básico num projecto de engenharia a interligação da sub rede à rede de nível superior daí o nome "rede" de abastecimento de água. Como se faz com a rede energética, baixa, média e alta tensão, rede viária, caminhos, estradas e auto-estradas, de telecomunicações. aérea, etc
  • Carlos CABACO
    11 nov, 2017 Carregal do Sal 22:58
    Todos procuram o mediatismo, populismo, ..., por conta das estragédias, é de lamentar!!! É de lamentar, que PR Marcelo, associado a este mediatismo, já que anda de forma ambulatória a preencher as lacunas governamentais, num despesismo desenfreado!, não tenha nestas reuniões e visitas se fazer acompanhado com membro do governo(...) para que avalie e critique condignamente e com saber! cito que outro flagelo se avizinha, sem espinhas, INUNDAÇÕES!!! Nestas visitas do Sr PR Marcelo, desde Pedrogão, não se deu conta de quanto o nível das águas dos rios eram baixas, com tantas reuniões com autarcas, e governantes, não foi capaz até à data, a fim de precaver de outro flagelo - INUNDAÇÕES -, que mandassem os autarcas a reunirem-se e procederem à limpeza e reordenamento dos leitos dos rios???!! Não seria de louvar??? Demonstraria no quanto se preocuparia por Portugal, por um Portugal melhor, e não pelo mediatismo da sua presença aqui e acolá!! No caso recente, o da barragem de Fagilde, feita à noite!!, o que é que viu em seu redor!!! Ah é verdade, os autarcas, preocuparam-se mais em serem re-eleitos do que das tarefas que se deviam debater!!! É triste, constrangedor, revoltante no quanto e a forma como se governa em Portugal!!!.
  • zé povo
    11 nov, 2017 caldas 22:34
    Marcelito, já te tenho dito que não é bonito andares-nos a enganar...
  • joao
    11 nov, 2017 Beira alta 22:17
    Onde andam agora os ambientalistas que sao contra as barragens? agora bebem figuras rupestres ou outra coisa qualquer, deixem construir barragens, sem agua nada resiste nem aqueles que querem ver gravuras de foz coa
  • Antonio Costa Franco
    11 nov, 2017 Cacuaco 22:11
    Políticos a aproveitarem se dá desgraça para fazer negócio, sou de Viseu e conheço bem os rios e nascentes de água deste detritos que deve ser que tem mais. Não esquecer onde nascem as águas de luso e outras na zona.
  • ZédoNabão
    11 nov, 2017 Tomar 22:08
    Pois. É voz corrente em Viseu e arredores que a Camara Municipal de Viseu tem na gaveta, há mais de 10 anos um projecto para a construção de uma barragem no rio Vouga. Ali bem perto de Viseu. O Senhor Presidente sabe disto? Se for verdade que o anterior e o actual presidente da Autarquia Viseense sejam chamados à responsabilidade. Não é justo que os impostos pagos pelos Portugueses passem a "cobrir" as asneiras de meia dúzia de indivíduos. Os autarcas, como em qualquer empresa privada, terão que começar a ser responsabilizados pelos seus actos.

Destaques V+