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​Uber, Cabify e Chofer admitem marchas lentas se nova lei não for aprovada

08 nov, 2017 - 20:09

Motoristas fizeram uma greve de quatro horas contra "perseguição" policial.

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Uber, Cabify e Chofer vão fazer uma marcha lenta por Lisboa com quase 2.000 viaturas, caso a aprovação da lei que regula o sector não avance este mês no Parlamento, avisa a associação que representa estas empresas.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Parceiros das Plataformas de Transportes (ANPPAT), João Pica, a medida que estão a prever, para um futuro próximo, é a marcha lenta, "mas tudo dentro da legalidade" e os motoristas não irão "fazer nada que seja ilegal, ao contrário de outros setores".

As marchas lentas pela capital portuguesa serão feitas dentro dos limites de velocidade com os veículos de serviço, que são perto de 2.000 e serão feitas porque "este é um problema para ser resolvido".

Os trabalhadores das plataformas de transportes alternativas querem "uma tolerância imediata até que saia a aprovação da especialidade ou então que a aprovação da especialidade avance já este mês", disse João Pica durante a concentração dos motoristas das plataformas, esta quarta-feira à tarde, no Parque das Nações.

"Todo o cliente que entra na viatura paga IVA automaticamente, portanto é importante que os deputados trabalhem para nós e não para os seus umbigos", alega o presidente da ANPPAT.

João Pica lamentou que este caso não seja tomado com "seriedade" e referiu que há cerca de dois anos não havia lei e, portanto, os trabalhadores actuavam omissamente e o Estado cedeu-lhes essa confiança para que pudessem laborar, mas "esqueceu-se de legislar".

As plataformas de transportes alternativos efetuaram uma paralisação e ficaram esta tarde, das 16h00 às 20h00, 'offline' porque os trabalhadores acharam que este foi o momento de fazer uma acção devido à "hipocrisia da parte do governo".

O presidente da ANPPAT estima que cerca de 80% dos trabalhadores das plataformas alternativas de transportes estiveram esta tarde 'offline' e, também, que cerca de 40% poderão participar na concentração no Parque nas Nações.

Há uns meses as multas acumuladas ultrapassaram um milhão de euros e esta semana já foram passadas mais umas dezenas de contraordenações, apenas nos dias da conferência de tecnologia Web Summit.

A Uber é a única plataforma que trabalha com tarifas dinâmicas e, como tal, a viagem mais cara que realizou no âmbito da cimeira teve um valor de quase 90 euros. Este cliente, quando aceitou a realização da viagem, teve acesso na plataforma à perspetiva dos custos, entre os 80 e os 90 euros, sendo que "o cliente não foi enganado", reforça o presidente, João Pica.

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  • Manuel Fernandes
    13 nov, 2017 Lisboa 11:57
    Ao ponto a que isto chegou... A polícia faz o seu trabalho e os meninos ainda protestam. Tenham juízo! Afinal, quem é que está mal nesta situação?

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