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Luís Delgado apresentou proposta para comprar revistas da Impresa

06 nov, 2017 - 16:46

No final de Outubro, a Impresa informou que "recebeu manifestações de interesse" sobre as revistas que poderá alienar, "as quais estão a ser analisadas".

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A Impresa recebeu, através da subsidiária Impresa Publishing, uma proposta de Luís Delgado para a compra das revistas do grupo, onde se inclui a “Visão”, que será negociada "com carácter de exclusividade" até ao final do ano.

Numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa indica que "a sua subsidiária Impresa Publishing SA recebeu na presente data uma proposta de Luís Jorge Sales Martins Delgado" que será negociada "até ao dia 31 de Dezembro de 2017, com carácter de exclusividade".

Em causa está "a eventual aquisição" por uma sociedade a constituir por Luís Delgado das publicações “Activa”, “Caras”, “Caras Decoração”, “Courrier Internacional”, “Exame”, “Exame Informática”, “Jornal de Letras”, “TeleNovelas”, “TV Mais”, “Visão”, “Visão História” e “Visão Júnior”.

O “Público” já tinha noticiado esta manhã que o antigo jornalista e ex-presidente da Lusomundo (atual Global Media) estava perto de fechar negócio com a Impresa, que detém também a SIC e o “Expresso”, para a compra das revistas do grupo.

No final de Outubro, a Impresa informou que "recebeu manifestações de interesse" sobre as revistas que poderá alienar, "as quais estão a ser analisadas".

"No passado mês de Agosto, a Impresa informou que tinha iniciado um processo de avaliação do seu portfólio' na área de “publishing”, que poderia implicar a alienação desses activos, com vista a efetuar um reposicionamento estratégico da sua atividade", adiantou o grupo, no comunicado dos resultados relativos ao terceiro trimestre deste ano divulgado a 24 de Outubro.

No entanto, na altura, a Impresa indicou que à data não tinha sido tomada qualquer decisão relativamente a este processo, "pelo que não é possível apurar qualquer impacto" da operação.

Nos primeiros nove meses do ano, as receitas totais do segmento “publishing” caíram 3,7% para 34 milhões de euros (subiram 2,5% para 11,7 milhões de euros no terceiro trimestre).

As receitas de circulação aumentaram 0,9% até Setembro (17,4 milhões de euros) e 1,8% no terceiro trimestre (6,2 milhões de euros), enquanto as de publicidade diminuíram 3,1% nos nove primeiros meses do ano (14,7 milhões de euros) e entre Julho e Setembro cresceram 10,5% (cinco milhões de euros).

"A receita que tem vindo a ser feita no digital reflectiu-se nas receitas provindas da publicidade e da circulação, representando actualmente 10,5% do total do volume de negócios da área do “publishing”, nos resultados acumulados a setembro de 2017", refere a Impresa, que é accionista da agência de notícias Lusa.

O grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão afirmou que "a evolução operacional" da Impresa durante o terceiro trimestre, "bem como as medidas de reestruturação implementadas durante os últimos trimestres, e inseridas num contexto macroeconómico mais favorável, permitem antever o cumprimento dos objectivos propostos para este ano, e o reforço da rentabilidade do grupo e, deste modo, sustentar o cumprimento dos objetivos do Plano Estratégico".

Os prejuízos da Impresa nos primeiros nove meses do ano atingiram os 165 mil euros, uma melhoria face aos 585 mil euros negativos registados em igual período do ano passado.

A Impresa referiu ainda que o resultado líquido no terceiro trimestre foi negativo em 250 mil euros, o que compara com 1,8 milhões de euros de prejuízos registados no período homólogo de 2016.

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