Catalunha. Sondagem dá vitória a pró-independentistas mas sem maioria

05 nov, 2017 - 10:06

O ERC, PDECat e a CUP podem ficar em 66 deputados do parlamento catalão, abaixo da maioria absoluta que se situa nos 68 deputados.

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Tudo está em aberto para as eleições de 21 de dezembro na Catalunha. Mas uma sondagem da empresa GAD3 para o diário catalão "La Vanguardia", realizado entre os dias 30 de Outubro e 3 de Novembro (já revelando o impacto de oito membros do governo), dá a vitória aos partidos pró-independência.

O ERC, PDECat e a CUP podem ficar em 66 deputados do parlamento catalão, mas abaixo da maioria absoluta, que se situa nos 68 deputados. A sondagem dá conta de uma participação recorde de 80% nesta eleição.

O ERC, Esquerda República da Catalunha, segundo esta sondagem, ganhará a eleição com 29%, o que lhe dará entre 45 a 46 deputados.

O Ciudadanos segue-se com cerca de 21% que lhe valem entre 27 e 28 deputados. Já o Partido Socialista da Catalunha subiria dois pontos até aos 20%, para a terceira posição.

A maior queda será, segundo esta sondagem, do Partido Democrata Europeu da Catalunha. O partido do ex-líder do governo regional Artur Más, passa de 31%, em 2012, para 10%, numa redução de quase 35 lugares no Parlamento.

(Correcção: O nome do ex-presidente do governo regional da Catalunha estava erradamente escrito como Alberto Más e não Artur Más como é correcto.)

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Edu
05 nov, 2017 Elv 21:39
O que é mais interessante nesta notícia, é que em vez de dizer que os partidos que estão contra a independência ganhariam com maioria absoluta, dizem antes que os pró-independentistas ganham sem maioria absoluta. Não há dúvida, o mundo está invertido! Será que para se ser jornalista é preciso ser-se anarquista, estalinista ou maoísta? Tenham lá um bocadinho de isenção. Será pedir muito?
Luís
05 nov, 2017 Albufeiea 18:45
Esta situação da Catalunha é preocupante pois pode dar início a muitos processos semelhantes. Não estou a ver como se descalça a nota se os pro-independência ganham, pois mesmo que isso aconteça não a vão ter sem problemas. Por outro lado se ganham e não têm independência a democracia está em causa. Por último se a Europa se começa a desagregar numa altura em que devia mais do que nunca estar unida é muito complicado. Enfim, um berbicaxo.
Hugo Sá
05 nov, 2017 17:37
E se os independentistas ganharem ? Volta se a accionar o art 155 e realizam se novas eleições para os tirar de lá? hehehe ou muda se mentalidades e começa se a dialogar ou a espanha franquista não dura muito tempo
Francisco Laranjeira
05 nov, 2017 Porto 17:06
Imagino o quanto Cervantes teria adorado acrescentar o folhetim: "Os mossos tontos de Catalunha", ao seu "D.Quixote" !
maria da luz
05 nov, 2017 lishoa 14:55
Este processo pro independencia comecou mal.As vozes independentistas nao quiseram ouvir os restantes Um lider na sua accao tem que perceber se encarna a vontade de uma maioria.Quando se deu o 25 de Abril em portugal as forcas armadas sabiam que tinha o ,a grande maioria com eles e que encarnavam os seus desejos
Antonio Leonel Costa
05 nov, 2017 Feijó 13:24
Há coisas que não compreendo. Primeiro porque é que somos tão contra os Independentistas Catalães, quando a Catalunha não é independente porque na altura de 1640 os altos comandos Espanhóis acharam que era mais importante submeter a Catalunha do que Portugal e desviaram o grosso do Exercito para aquela região permitindo a Independencia de Portugal. Logo acho que devíamos ser solidários com a Catalunha, tanto mais, que estes Povo se expressa não pelas armas mas pelo voto democrático. Segundo porque é que a Espanha que diz defender a Democracia não aceita a Democracia quando ela não lhe é favorável? e actua como uma qualquer Ditadura? Ah! há a Constituição mas a constituição sendo um documento fundamental regulador entre pessoas e regiões de um mesmo Estado pode e deve ser alterada quando os cidadãos já não se revêem nesse documento e de forma Democratica. Posso perceber o Governo da Direita Espanhola que em muitas coisas é igual a FRANCO mas não posso perceber a posição do Rei Espanhol cujo o Pai esteve exilado em Portugal por essas mesmas posições do ditador Franco. Será que se é Democrata quando se está na mó de baixo e Ditador quando se tem o poder?
J Soares
05 nov, 2017 Porto 12:23
Isto só é possível na terra do D Quixote. Se a Constituição de Espanha, no seu artigo 2, diz que a "La Constitución se fundamenta en la indisoluble unidad de la Nación española, patria común e indivisible de todos los españoles, y reconoce y garantiza el derecho a la autonomía de las nacionalidades y regiones que la integran y la solidaridad entre todas ellas." e por outro lado o Tribunal Constitucional aceita que haja partidos com claros objectivos independentistas nos seus programas, parece haver aqui uma real contradição. Isto é, quando o povo vota livremente em partidos independentistas estão a votar contra a Constituição da própria nação espanhola. Assim, penso que seria importante esclarecerem esta situação, em vez de andarem agora a perseguir judicialmente "com penas desproporcionadas " próprias das ditaduras", os representantes dos partidos independentistas.
05 nov, 2017 12:20
Alberto Más? Equívoco: Artur Mas.
sergio machado
05 nov, 2017 Oeiras 12:05
VIVA A REPUBLICA......
Luís Domingos
05 nov, 2017 Lisboa 10:57
O nome do líder do governo regional é Carles Puigdemont, e o seu antecessor era Artur Mas, não Alberto. Façam a correção em tempo útil, sff.