Concerto solidário este fim-de-semana em Lisboa

Um projecto de evangelização pela música foi o que levou à criação da banda “Retalhos”, em 1992. Na altura, reuniu jovens de diferentes paróquias da região de Lisboa, nomeadamente de Alfragide, da Ajuda e Carnaxide.

Fizeram musicais, gravaram CD’s. E apesar de cada um ter seguido a sua vida, ficou a amizade.

Agora, 25 anos depois, surgiu a ideia de assinalarem esta data com um concerto solidário.

Voltaram a reunir-se no ponto de encontro de sempre: o seminário de Alfragide. Esta será a primeira vez que estão acompanhados com os filhos, que também cantam e tocam.

É que “os filhos sempre viveram um bocadinho o que tinham sido os “Retalhos”, porque nós continuámos todos a ser amigos e a encontrarmo-nos em diversas ocasiões”, salienta Jorge Almeida, produtor do espectáculo e um dos membros fundadores.

“Da Música à Vida”

Este foi sempre o lema da banda “Retalhos” e é agora o nome dado a este musical que “está dividido em 4 momentos: o primeiro momento é o momento da vida actual, da vida atribulada, do desassossego, das diferentes solicitações que temos.

O segundo momento é um momento mais de introspecção, do eu, da pessoa que tem que parar e com o objectivo sempre de encontrar em Cristo um caminho. O terceiro momento é a família, que é o que nos faz viver todos os dias. E o último momento é transpor tudo isto para o futuro. Há uma nova geração. E aqui fazemos a ligação também com os nossos filhos”, sublinha Jorge Almeida.

Esta é a história do musical que tem “uma forte componente cenográfica, também tem recurso a imagens, efeitos especiais”. A autoria das músicas é de três elementos do grupo. No total participam 35 elementos.

“Da Música à Vida” “é um caminho e nós sempre trilhámos e queremos continuar e os nossos filhos também”, garante Paulo Rocha, director da Agência Ecclesia e também fundador da banda “Retalhos”.

Concerto solidário

Este espectáculo tem um cariz solidário. As receitas angariadas vão ajudar duas instituições escolhidas por estes responsáveis.

Paulo Rocha explicou que “quando pensámos em todo este projecto para assinalar os 25 anos, também nos pareceu que a solidariedade tinha de estar em cima do palco. E vai estar, pelo menos de duas formas: a primeira, se calhar, é nós sermos solidários com quem anda à procura de um sentido para a vida e acreditamos que a história que cantamos e que representamos pode ajudar a encontrar um sentido para a vida. Pelo menos despertar para esse interesse. E depois há uma efectiva solidariedade com duas instituições que resultam dos nossos contactos mais recentes: por exemplo, o Refeitório Rosália Rendu, das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo. Alguns de nós fazemos voluntariado nesse refeitório e sentimos a necessidade dos sem abrigo e dos refugiados que lá vão almoçar. Então, queremos ajudar com bens alimentares esse refeitório. E depois, o Lar Madre Teresa de Saldanha, das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, que é um lar que acolhe raparigas que, por circunstâncias diversas da vida, vêem-se sem sentido para a sua vida. Nós queremos ajudar com algo que elas precisem”.

Cinco retalhos – isto é, 5 euros – é o custo de cada entrada para assistir ao espectáculo que se realiza no auditório do Colégio de S. José, no Restelo.

O concerto deste sábado à noite já está esgotado, mas há ainda uma sessão amanhã, domingo, às 16h00.

O público é ainda convidado a levar um bem alimentar não perecível.