Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Catalunha pode ter eleições em Janeiro

20 out, 2017 - 09:26

Governo de Madrid tem agendada uma reunião extraordinária do conselho de ministros, onde vai aprovar medidas definidas para a aplicação do artigo 155.º da Constituição espanhola.

A+ / A-

Veja também:


O Governo espanhol e a oposição socialista (PSOE) chegaram a acordo para a realização de eleições regionais na Catalunha em Janeiro.

A informação foi avançada pela socialista Carmen Calvo que, em entrevista à televisão estatal (TVE), disse que as eleições fazem parte de um “pacote extraordinário” relacionado com a activação do artigo 155 º.

Calvo lidera a delegação do Partido Socialista Operário Espanhol, que está a negociar com o executivo as medidas concretas que devem ser aprovadas no sábado.

O executivo espanhol marcou uma reunião extraordinária do conselho de ministros, dia 21, onde vai dar "luz verde" a medidas definidas pelo Senado para a aplicação do artigo da Constituição espanhola, que prevê retirar a autonomia da Catalunha.

"O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, vê como absolutamente claro que isto [a aplicação do 155º] é para levar a Catalunha a eleições", disse Calvo, que instou o presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, a antecipar-se e convocar as eleições para evitar a aplicação desta medida constitucional nunca antes utilizada.

O 155.º nunca usado desde que o texto fundamental foi escrito e aprovado em 1978, permite a suspensão de uma autonomia e dá ao Governo central poderes para adoptar "as medidas necessárias" para repor a legalidade.

Com a aplicação do artigo, Puigdemont não será afastado do cargo, mas perderá as suas competências e o novo presidente da Generalitat é escolhido por Madrid.

O processo independentista da Catalunha entrou num novo momento crítico na sequência da realização, a 1 de Outubro, de um referendo pela soberania na região, considerado ilegal pela justiça espanhola. Na consulta - organizada pelo governo regional e dirigido apenas aos catalães, o que contraria a Constituição - o "sim" ganhou com 90% dos votos, mas os resultados não foram certificados por entidades independentes.

A votação ficou marcada por cargas policiais da Guardia Civil e da Polícia Nacional espanhola, que visavam impedir o referendo, uma vez que a polícia regional catalã, os Mossos d'Esquadra, não cumpriram uma ordem nesse sentido do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • couto machado
    20 out, 2017 porto 19:10
    Quando os catalões, virem que não têm aquilo com que se compram os melões, viram-se contra o rêpas. Há por aí uns lobisomens, que chamam ou classificam o Rajoy de traidor e ditador. Burros sim, lobos não...
  • Lobo
    20 out, 2017 Porto 12:59
    O independentista catalão Companys foi executado pelos franquistas em 1940!!! O traidor galego Rajoy, vai acabar como o Carrero Blanco, executado pela ETA em 1973! Ou ele ou qualquer ditador, seja do PP ou do PSOE!!!
  • João das Neves
    20 out, 2017 Massamá 10:36
    Estamos perante um cobarde ou perante um herói...na minha opinião a primeira, ninguém consegue defrontar a hegemonia instalada na união europeia.

Destaques V+