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Reuters destaca “fuga” dos portugueses dos bairros históricos

19 out, 2017 - 14:24

Com cada vez mais edifícios a apostar no alojamento temporário os portugueses, sobretudo com rendimentos mais baixos, perdem lugar nos centros tradicionais de Lisboa.

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  • A pressão turística sobre a habitação em Lisboa e no Porto é um dos temas da série de reportagens "O meu país, a minha rua"

A agência Reuters destaca esta quinta-feira as dificuldades sentidas por portugueses, sobretudo os que têm rendimentos mais baixos, para continuar a viver nos bairros históricos de Lisboa.

Num longo artigo a agência internacional dá exemplos de três pessoas que se viram obrigadas, ou que estão em vias de, abandonar as suas casas por já não poderem suportar as rendas.

Carla da Cunha, que vende artigos de artesanato e depende ainda de um subsídio de 485 euros por mês para se suportar a si e aos seus dois filhos, e não pôde renovar o aluguer do seu apartamento em Alfama quando o senhorio aumentou a renda.

“Os pobres como nós são vistos como vermes, vermes que têm de ser eliminados e expulsos da cidade”, afirmou. “Eu nasci e fui criada em Lisboa, e agora não há espaço para mim em Lisboa”.

Outro caso citado pela Reuters é o de António Melo, de 71 anos, que tem estado a ignorar as ordens de despejo que tem recebido da empresa de arrendamento de curta duração que comprou recentemente o seu edifício.

Actualmente paga 277 euros por mês para poder estar próximo do consultório do seu médico e outros serviços de que precisa. “Se as coisas continuarem assim, em breve não haverá aqui um único português”, afirma.

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  • 19 out, 2017 15:58
    É este o estado a que o Srº. Presidente da Camara de Lisboa está a por os habitantes da mesma. Em Angra do Heroísmo está perto de acontecer o mesmo, já que o srº. Presidente da Camara reeleito, está disposto a autorizar todos os bares do Centro Histórico a Abertura aos fins de semana até ás 04H00

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