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​Crianças portuguesas garantem verbas para mover acção contra países poluidores

19 out, 2017 - 07:09

Têm entre 5 e 18 anos e são oriundas do distrito de Leiria, um dos mais afectados pelos incêndios deste ano.

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Uma campanha para financiar uma acção judicial junto do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos contra países poluidores em nome de crianças portuguesas do distrito de Leiria, afectado pelos incêndios deste Verão, conseguiu angariar 22 mil euros.

"Graças à generosidade dos nossos apoiantes, alcançámos o nosso objectivo inicial. Isso permite-nos tomar o primeiro - e crítico - passo de identificar exactamente que evidências vamos precisar para apresentar ao tribunal", anunciaram os organizadores.

A iniciativa foi lançada pela organização sem fins lucrativos Global Legal Action Network (GLAN), que quer processar os principais poluidores dos 47 países que ractificaram a Convenção Europeia dos Direitos Humanos, os quais responsabilizam pelo aumento das emissões de gases com efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas.

Na origem da iniciativa estão Mariana (5 anos), Leonor (8), André (9), Simão (11), Sofia (12), Martim (14) e Cláudia (18), a maioria do distrito de Leiria, um dos mais afectados pelos incêndios em Portugal deste verão, que mataram no total mais de 100 pessoas.

"O que me preocupa mais com as mudanças climáticas é o aumento das temperaturas, o que contribui para o número de incêndios que ocorrem no nosso país. As gerações mais velhas devem investir no controlo, de forma mais eficaz, da quantidade de gases perigosos que são lançados para a atmosfera", afirma Cláudia, citada num comunicado da GLAN enviado à agência Lusa.

A campanha foi lançada numa plataforma de financiamento colectivo [crowdfunding] dedicada apenas a questões jurídicas e alcançou esta o objectivo de reunir 20 mil libras (22,4 mil euros).

A meta foi agora elevada para 100 mil libras (112 mil euros), quantia necessária para conseguir levar a acção judicial ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

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