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Arganil perdeu 92% da floresta

18 out, 2017 - 18:38

As contas são do autarca de Coimbra.

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O concelho de Arganil perdeu 92% da floresta nos incêndios de domingo e da semana anterior, disse à Lusa o presidente da Câmara daquela vila do interior do distrito de Coimbra, Ricardo Alves.

Nos dois fogos, de grande dimensão, arderam 25 mil dos 27 mil hectares de área florestada do município de Arganil, explicitou Ricardo Alves, referindo ainda que o território queimado equivale a três quartos da área total do concelho, que é de cerca de 33 mil hectares.

Mas pior ainda foi "a perda de três vidas humanas", nos fogos de domingo e segunda-feira, lamentou.

Perto de meia centena de casas de primeira habitação também foram destruídas pelas chamas, salientou Ricardo Alves, referindo que também foram atingidas "muitas segundas habitações" do concelho, mas cujo levantamento ainda está a ser feito.

As famílias desalojadas já foram, entretanto, acolhidas por familiares e por instituições de solidariedade social, pela Misericórdia da vila e pela Câmara.

"Também se perderam muitas cabeças de gado" e os animais que escaparam ao fogo debatem-se agora com "falta de pastos" e alimentos, acrescentou o autarca, que está a terminar o terceiro mandato consecutivo à frente da Câmara de Arganil e que foi eleito, em 1 de Outubro, presidente da Assembleia Municipal.

Há igualmente "várias empresas muito prejudicadas", designadamente pela destruição de equipamentos e maquinaria, destacou ainda Ricardo Alves.

Além da falta de comunicações, só possíveis nalgumas zonas limitadas, o município continua sem energia eléctrica e sem abastecimento de água em várias povoações.

"Mas temos de renascer e vamos renascer", acredita Ricardo Alves.

O presidente da Câmara de Arganil espera, entretanto, que o Governo apoie os concelhos atingidos pelos fogos de domingo e de segunda-feira com medidas especiais e idênticas às adoptadas para a região afectada pelos fogos de 17 de Junho em Pedrógão Grande, para que seja "reposta tanto quanto possível a normalidade", para apoiar as famílias e as empresas das áreas ardidas.

"Agora estamos concentrados em identificar os prejuízos e em criarmos condições para se olhar para o futuro", conclui Ricardo Alves.

Comentários
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  • Mario
    18 out, 2017 Portugal 23:58
    Seguramente que isso nao tira o sono a nenhum dos governantes, bem podia ser 100% que assim nao iria dar problemas a curto prazo...
  • Mario
    18 out, 2017 Portugal 23:42
    Desde que deram o golpe de Estado o que temos assistido........ Consecutivos governos, desaparecimento da maior parte do ouro dos cofres do Estado. 3 bancas rotas, bancos darem falência, corrupção, pedofilia, incompetência, pontes a caírem, constante guerra entre partidos pelo poder, incêndios anuais motivando morte, destruição de bens, e completa miséria tanto para populares pois perderam tudo o que conseguiram numa vida, como para animais que só podem lamber cinzas, muitas empresas Estatais que davam lucro a serem vendidas em haste publica, por privados pouco credíveis, um aumento da inflação, e ordenados congelados há anos se nascesse uma criança na altura que congelaram os ordenados e carreiras, ela já estaria quase a ter um diploma universitário, mas foi o que os Portugueses escolheram, mas nao foi a minha escolha nem a de uma minoria possivelmente...

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