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​Polícias querem novo ministro que "seja mais de actos do que de palavras"

18 out, 2017 - 13:24

"Na PSP têm aumentado os problemas a instabilidade interna e tudo isso tem criado muitas dificuldades que têm sido ultrapassadas com muita carolice", diz o presidente da associação sindical mais representativa do sector.

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A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) deseja que o próximo responsável da Administração Interna seja "uma pessoa mais de actos do que de palavras" e que concretize um conjunto de matérias na área da segurança que têm sido proteladas.

"Esperamos que o seu sucessor venha com vontade de concretizar, porque há um conjunto de matérias que têm sido proteladas no tempo e que é preciso que sejam concretizadas", afirmou o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, a propósito da demissão, esta quarta-feira, de Constança Urbano de Sousa, da pasta da Administração Interna.

O presidente da ASPP deseja que o próximo responsável governamental da área seja "uma pessoa mais de actos do que de palavras", lembrando que, nos últimos anos, os sindicados das forças e serviços de segurança têm "manifestado preocupação" pela forma como a segurança tem sido gerida, dando como exemplo a recente manifestação da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais dos Serviços e Forças de Segurança.

"Na PSP têm aumentado os problemas a instabilidade interna e tudo isso tem criado muitas dificuldades que têm sido ultrapassadas com muita carolice", disse o dirigente sindical, considerando que "em 2017 pouco foi feito" e que "há um conjunto de situações que era possível resolver e não foram resolvidas".

Constança Urbano de Sousa apresentou esta quarta-feira o pedido de demissão, alegando, numa carta enviada ao primeiro-ministro, que pediu para sair de funções logo a seguir à tragédia de Pedrógão Grande, dando tempo a António Costa para encontrar quem a substituísse.

"Logo a seguir à tragédia de Pedrógão pedi, insistentemente, que me libertasse das minhas funções e dei-lhe tempo para encontrar quem me substituísse, razão pela qual não pedi, formal e publicamente, a minha demissão", escreve a Constança Urbano de Sousa.

A ministra diz que o fez "por uma questão de lealdade" e que o primeiro-ministro, na altura, lhe pediu para se manter em funções.

"Pediu-me para me manter em funções, sempre com o argumento que não podemos ir pelo caminho mais fácil, mas sim enfrentar as adversidades, bem como para preparar a reforma do modelo de prevenção e combate a incêndios florestais, conforme viesse a ser proposta pela Comissão técnica Independente", refere a carta da ministra.

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