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Évora. Grupo francês inaugura fábrica que produz peças para aviões

13 out, 2017 - 10:10 • Rosário Silva

A unidade da Mecachrome já emprega 70 pessoas, mas espera chegar a 2020 com 250 colaboradores.

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A Mecachrome Aeronáutica inaugura esta sexta-feira a sua fábrica de Évora. A laborar desde Março, nesta primeira fase, estão a ser produzidas peças de metal para motores de aviões.

Trata-se de um trabalho de rigor e precisão só possível com mão-de-obra qualificada, de resto, uma condição determinante para a instalação em Évora desta fábrica.
“Apesar da pouca experiência, que estamos a compensar com especialistas que trouxemos de França, é inegável a qualidade da mão-de-obra recrutada na região através do Centro de Formação de Évora”, confirma à Renascença, Christian Santos.
Esta é a segunda unidade em Portugal que pertence ao grupo francês Mecachrome, liderado pelo português Júlio de Sousa. Está instalada no Parque de Industria Aeronáutica de Évora, começou a produzir no primeiro trimestre deste ano e já emprega sete dezenas de pessoas, mas o objectivo “é chegar ao final de 2020 com 250 colaboradores”.
A fábrica labora exclusivamente para a indústria aeronáutica, para vários clientes, de que são exemplo a Airbus ou a Boeing, embora o grupo esteja também especializado na produção de peças de alta precisão para as industrias automóvel e espacial.
À Renascença, Christian Santos, revela ainda que prossegue a bom ritmo um outro processo com vista à instalação, na unidade alentejana, de um método produtivo criogénico, pioneiro no mundo.
“Este processo de tratamento criogénico consiste no arrefecimento das peças metálicas por acção do azoto, a uma velocidade muito mais elevada e em menos tempo, com recurso a máquinas muito sofisticadas”, explica o responsável pela Mecachrome.
Recorde-se que este é um investimento que ronda os 30 milhões de euros, até 2020, tendo beneficiado de incentivos financeiros atribuídos pelo Estado Português por ser considerado “um forte contributo para o desenvolvimento do cluster aeronáutico” em Portugal e para a “projecção da sua competitividade”.

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  • Filipe
    13 out, 2017 évora 12:26
    Tenho a impressão que o emprego hoje nesses sítios é mais inseguro que trabalhar nas caixas dos supermercados . Ponham na mesa a outra fábrica quantos empregados mantém desde o início ? Rodam mais empregados nestas fábricas do que mulheres da limpeza Mexicanas ilegais na América a trabalharem para os ricos . Só traz tragédias familiares estas fábricas !!! Estejam atentos ! O esquema é constituído por fornadas de formandos onde as entidades do Estado e outras mamam fundos , empregam com contrato e depois no fim , vem outra fornada de formandos . A bem dizer é como hoje o Estado nas forças Armadas faz ! Entram a 5 ou 8 anos de contrato no máximo , quando lá saírem são velhos para tudo e dedicados a apanha da azeitona mirrada pela seca .

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