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Operação Marquês: Costa invoca separação entre justiça e política para “não comentar”

12 out, 2017 - 16:59

"Continuarei sem comentar, como é próprio de um primeiro-ministro, que não deve comentar o que vai acontecendo nos diferentes domínios judiciais", diz o chefe do Governo.

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O primeiro-ministro, António Costa, recusou-se, esta quinta-feira, a comentar a acusação de 31 crimes imputada ao antigo líder socialista José Sócrates, invocando separação entre justiça e política e observando que cabe agora à defesa apresentar a sua versão da verdade.

António Costa respondia a uma questão sobre a Operação Marquês, após ter estado reunido com o coordenador da Comissão Técnica Independente que analisou o incêndio de Pedrógão Grande, João Guerreiro.

Confrontado com o facto de o ex-primeiro-ministro José Sócrates ter sido acusado de 31 crimes, no âmbito da Operação Marquês, António Costa afirmou: "Como tenho dito, à justiça o que é da justiça e à política o que é da política".

"Houve uma fase do processo que está concluída, a fase de inquérito. Agora cabe à defesa falar, apresentar a sua versão da verdade, requerer ou não instrução, seguir ou não para julgamento", disse.

O primeiro-ministro apenas acrescentou que o processo seguirá os seus termos.

"E eu continuarei sem comentar, como é próprio de um primeiro-ministro, que não deve comentar o que vai acontecendo nos diferentes domínios judiciais", vincou António Costa.

Comentários
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  • Filipe
    13 out, 2017 évora 12:35
    Esta separação é atirar LAMA para a cara do povo !!! O povo sabe que esta gente partidária convida sempre magistrados do Ministério Público para se aliarem a governos em funções e igualmente magistrados Judiciais para desempenharem altas funções de Estado . No desempenho de funções partidárias são por vezes demitidos pelos governantes , como aconteceu Sócrates mandar uns quantos para a rua que hoje lhes rejeitam recursos !!! E, o exemplo flagrante , é irem até buscar gente dessa para Ministra da Justiça ! Então onde está a separação de poderes e quando de lá saírem dos governos querem ver que lavam o cérebro com químicos para esquecerem as patuscadas com gente partidárias ??? Tenham vergonha na cara !!! Era assim : Gente que trabalha na justiça caso fosse para os governos quando sair devia estar impedido de voltas a desempenhar funções judiciais ! Depois admiram-se que quando os ex Ministros vão para as empresas privadas de onde lá dos governos fizeram as camas para se deitarem .
  • Para refletir...
    13 out, 2017 Almada 08:24
    "À justiça o que é da justiça e à política o que é da política". Em nome da democracia e da transparência não concordo que não se possa comentar o que se passa nos diferentes poderes. Numa verdadeira democracia pode e deve-se comentar tudo o que seja importante e contribua para a transparência. Depois a política só pode comentar o que se passa na política, mas a justiça pode comentar tudo chegando até a sugerir alterações à lei, assunto que é da competência do Parlamento. Isto contraria a primeira frase, e esta hein!

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